segunda-feira, 24 de novembro de 2014

EMBRIOLOGIA


A

ALANTÓIDE
Membrana embrionária de aves, répteis e mamíferos que, nestes últimos (mamíferos), forma a placenta juntamente com o cório. É uma estrutura em forma de saco ou vesícula, ligada a parte posterior do intestino do embrião. Origina-se de uma saliência do intestino primitivo.  Assim como o saco vitelínico, o alantóide é formado pela mesoderme e endoderme. Sua principal função é remover e armazenar excretas produzidas pelo metabolismo do embrião. Em répteis e aves, armazena os resíduos nitrogenados formados pelo embrião durante o desenvolvimento. Nos mamíferos, isso não ocorre, pois as excretas nitrogenadas são eliminadas via placentária.  Nos embriões dos répteis e aves, o alantóide apresenta também função respiratória - retira oxigênio do ar, devolvendo gás carbônico - e tem, ainda, a função de extrair o cálcio da casca do ovo, que será utilizado na formação do esqueleto. A descalcificação da casca facilita seu rompimento no momento da eclosão do filhote. Nos mamíferos, os vasos sanguíneos da alantóide auxiliam na formação da placenta.  A alantóide tem ainda função excretora. Em embriões de répteis e aves é nele que são descarregados os produtos da excreção nitrogenada, representados notadamente pelo ácido úrico, substância esbranquiçada e pouco solúvel em água, menos tóxica que a amônia (dos peixes) e a uréia (dos mamíferos). Durante a permanência do embrião dentro do ovo com casca, o ácido úrico se mantém confinado dentro do alantóide.
Os répteis, as aves e os mamíferos são amniotas e alantoidianos, por formarem âmnion e alantóide, respectivamente. Os peixes e os anfíbios são anamniotas e analantoidianos, por não formarem âmnion nem alantóide. 

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ÂMNIO
Presente nos répteis, nas aves e nos mamíferos. O âmnio surge pela primeira vez nos répteis e é uma importante adaptação à vida no meio terrestre. Isso porque protege o embrião da dessecação e torna a reprodução independente da presença de água. O âmnio envolve o embrião e posteriormente o feto e também reveste o cordão umbilical. Os animais que desenvolvem o âmnio durante a sua embrigênese denominam-se amniotas. O âminio é uma fina membrana, formada pela ectoderme e a mesoderme, que constitui a bolsa amniótica (ou saco amniótico). Sua função é produzir o líquido amniótico que é composto de eletrólitos, proteínas, aminoácidos, substâncias nitrogenadas, lipídios, carboidratos, vitaminas, hormônios e células esfoliadas. O líquido amniótico é normalmente engolido pelo feto e absorvido pelo trato gastrointestinal. Ele evita o ressecamento do embrião e o protege contra choques mecânicos.




B

BLASTOCELE
A blástula apresenta como principal característica a blastocele, um espaço interno a camada de blastômeros. O blastocele é formada pela secreção de proteínas dos blastômeros para o espaço interno, o que ocasiona por osmose a absorção de água e consequentemente a expansão desta cavidade, orientando o eixo de divisão celular. Desta forma são continuas tanto as clivagens dos blastômeros como a expansão do blastocele, até atingir certo número de células, que de acordo com cada espécie, passa a ser considerada uma blástula.

BLASTOCISTO
Após a mórula entrar no útero, uma cavidade preenchida por liquido – a cavidade blastocística – se desenvolve no seu interior. 

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BLASTULAÇÃO
É o processo de modificação da mórula em blástula por clivagens e mudanças nas disposições dos blastômeros. O ovo é formado por células nomeadas blastômeros, os quais estão em constante clivagem, sofrendo um aumento numérico e uma diminuição em seu volume. Durante um determinado período de clivagens, os blastômeros formam uma esfera maciça, envolta por uma camada de hialina, o que garante a coesão e aderência dos blastômeros, sendo esta nomeada mórula. Durante a transição de mórula para blástula, os blastômeros mudam sua disposição, formando uma esfera com um espaço interno preenchido por liquido, a blastocele.




C

CAPACITAÇÃO
Período de condicionamento, que dura cerca de 7 horas. Durante este período, uma capa glicoprotéica e proteínas seminais são removidas da superfície do acrossoma do espermatozoide. A proporção colesterol – fosfolipídio da membrana assim como o potencial de membrana é modificado. Os espermatozóides capacitados não mostram mudanças morfológicas, mas são mais ativos. Usualmente, os espermatozóides tornam-se capacitados no útero ou nas tubas uterinas por substâncias secretadas por estas partes do trato genital feminino. Durante a fertilização in vitro, processo pelo qual vários ovócitos são colocados em meio ao qual espermatozóides havia sido adicionados para a fertilização, a capacitação é induzida, incubando os espermatozóides em um meio definido por várias horas. O termino da capacitação possibilita a ocorrência da reação acrossômica.

CELOMA INTRA-EMBRIONÁRIO
Surge como espaços isolados no mesoderma lateral e no mesoderma cardiogénico. Estes espaços celômicos coalescem em seguida para formarem uma cavidade única em forma de ferradura, que, no final, dará origem às cavidades corporais (cavidade peritoneal).

CÉLULA DE LEYDIG
As células de leidig (também designadas por células intersticiais) são células secretoras localizadas no tecido do testículo que rodeia os tubos seminíferos e que segregam testosterona.

CÉLULA DE SERTOLI
Exercem papel vital na regulação da espermatogênese, portanto qualquer disfunção destas pode ocasionar alterações e ou degenerações das células germinativas e infertilidade. As células de Sertoli têm diversas funções como: controle de maturação e da migração das células germinativas; síntese de proteínas e esteróides estão envolvidas no controle da passagem das secreções entre compartimentos tubulares e intersticiais e, formam a barreira hemato-testicular.

CICLO OVARIANO
O FSH e o LH produzem mudanças cíclicas nos ovários (desenvolvimento dos folículos, ovulação e formação do corpo lúteo) – o ciclo ovariano. Durante cada ciclo, o FSH promove o crescimento de vários folículos primários; entretanto, geralmente somente um deles se transforma em um folículo maduro e rompe a superfície do ovário, expelindo o ovócito. Portanto, de 4 a 11 folículos degeneram a cada mês.

CITOTROFOBLASTO
Camada interna de células.

CLIVAGEM
Quando o zigoto sofre várias divisões mitóticas e resulta num aumento significativo de células, dizemos que este processo denomina-se clivagem. Estas células resultantes são embrionárias, denominadas de blastômeros, e tornam-se menores a cada divisão por clivagem que ocorre. 

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CÓRION
É uma membrana delgada e assim como o âmnio, formado pela ectoderme e a mesoderme e exerce as seguintes funções: proteção térmica, proteção contra a entrada de micro-organismos patogênicos, e juntamente com o alantóide auxilia nas trocas gasosas.  Ocorre nos répteis, aves e mamíferos. É o anexo embrionário mais externo; envolve e protege os demais anexos.  Em répteis e aves, o córion se une ao alantóide, formando o alantocórion. O alantocórion fornece proteção e realiza trocas gasosas entre o embrião e o meio externo. Nos mamíferos, o córion se une ao alantóide formando a placenta.

CORONA RADIATA
A coroa radiada ou corona radiata cerca o óvulo e consiste em duas ou três camadas de células foliculares. Está ligada à camada protetora exterior do óvulo, a zona pelúcida. A sua principal função em muitos animais é a de fornecer proteínas vitais à célula. Aparece durante a ovocitação, mas pode desaparecer após a fertilização.

CORPO LÚTEO
Logo após a ovulação, as paredes do folículo ovariano e a teca folicular colabam, formando dobras. Sob a influência do LH, elas se transformam em uma estrutura glandular, ou corpo lúteo, que secreta progesterona assim como um pouco de estrógeno. Estes hormônios, a progesterona em particular, levam as glândulas do endométrio a secretar e preparar o endométrio para a implantação do blastocisto. Quando o ovócito é fertilizado, o corpo lúteo cresce, formando o corpo lúteo da gravidez, e aumenta sua produção de hormônios. Quando há gravidez, a degeneração do corpo lúteo é impedida pela gonadotrofina coriônica humana (hCG), um hormônio secretado pelo sinciciotrofoblasto do córion rico em LH. O corpo lúteo da gravidez permanece funcionalmente ativo durante as primeiras 20 semanas da gravidez. Nesta época, a placenta assume a produção do estrógeno e da progesterona necessários para a manutenção da gravidez. Quando o ovócito não é fertilizado, o corpo lúteo começa a evoluir e degenerar cerca de 10 a 12 dias após a ovulação. Ele então é denominado corpo lúteo da menstruação. Subsequentemente, o corpo lúteo transforma-se em tecido cicatricial branco do ovário, formando o corpo albicans (corpo lúteo em atresia ou degeneração). Exceto durante a gravidez, normalmente os ciclos ovarianos persistem durante toda a vida reprodutiva da mulher e cessam na menopausa - a parada permanente da menstruação.

CORPÚSCULOS POLARES
Os glóbulos polares, corpúsculos polares ou polócitos são células que se formam durante a fase maturação da ovogénese nos mamíferos, a fim de permitir a redução cromossômica característica da meiose.

CROMATINA
 É uma proteína composta por grande número de aminoácidos ligados a um radical de ácido nucléico representado por uma molécula de DNA (ácido desoxirribonucleico). Os ácidos nucléicos encontram-se, geralmente, na forma de dupla-hélice. As principais proteínas que compõem a cromatina são as histonas.
O retículo nuclear é uma rede de cromatinas. Esses filamentos são denominados cromonemas. Às vezes, os cromonemas se enroscam, formando um novelo bem corável pelos corantes básicos. Esse corpo globoso rico em cromatina (e, portanto, em DNA) é um falso nucléolo ou cariossomo. Sabe-se que os filamentos de cromatina intercalam pontos de eucromatina com pontos de heterocromatina. Essas duas variedades de cromatina procedem diferentemente, de acordo com o momento da vida da célula. Na intérfase, os segmentos de heterocromatina se mostram espiralizados (semelhante ao fio de um telefone), enquanto os segmentos de eurocromatina se mostram distendidos. Assim, os cromonemas se apresentam mais grossos e mais coráveis nos pontos de heterocromatina e são tão finos que ficam quase imperceptíveis ao nível dos pontos de eurocromatina. Quando a célula entra em mitose, os cromonemas assumem um novo aspecto. Tomam formato de uma “mola”, que recebe o nome de cromossomo. Portanto, os cromossomos são formados pelo espiralamento grosso dos cromonemas que, por sua vez, são formados por cromatina.

CROSSING-OVER
A relação existente entre meiose e variabilidade é baseada principalmente na ocorrência de crossing-over. O crossing é um fenômeno que envolve cromátides homólogas. Consiste na quebra dessas cromátides em certos pontos, seguida de uma troca de pedaços correspondentes entre elas.
As trocas provocam o surgimento de novas sequências de genes ao longo dos cromossomos. Assim, se em um cromossomo existem vários genes combinados segundo certa sequência, após a ocorrência do crossing a combinação pode não ser mais a mesma. A variabilidade genética existente entre os organismos das diferentes espécies é muito importante para a ocorrência da evolução biológica. Sobre essa variabilidade é que atua a seleção natural, favorecendo a sobrevivência de indivíduos dotados de características genéticas adaptadas ao meio. Quanto maior a variabilidade gerada na meiose, por meio de recombinação gênica permitida pelo crossing-over, maiores as chances para a ação seletiva do meio.

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D

DESENVOLVIMENTO FOLICULAR
O desenvolvimento de um folículo ovariano é caracterizado por: Crescimento e diferenciação do ovócito primário; Proliferação de células foliculares; Formação da zona pelúcida; Desenvolvimento de uma cápsula de tecido conjuntivo envolvendo o folículo – a teca folicular. Acredita-se que as células da teca produzam um fator angiogênico que promove o crescimento dos vasos sanguíneos que fornecem suporte nutritivo ao desenvolvimento do folículo.

DISCO EMBRIONÁRIO BILAMINAR
Com a progressão da implantação do blastocisto, ocorrem mudanças no embrioblasto que resultam na formação de uma placa bilaminar – o disco embrionário- formado por duas camadas:
·        Epiblasto: Camada celular espessa e colunar, que desenvolve rapidamente à cavidade amniótica.
·        Hipoblasto: Camada celular delgada e cubóide, que forma o saco vitelino.


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DUCTOS DEFERENTES
Levam os espermatozóides do epidídimo para o canal ejaculatório, que penetra na uretra. Estrutura altamente muscular; mucosa de revestimento constituída por um epitélio pseudoestratificado cilíndrico estereociliado apoiado sobre uma lâmina própria fibroelástica. Sua espessa camada muscular é constituída por fibras musculares lisas. Uma adventícia de tecido conjuntivo frouxo fibroelástico circunda externamente a camada muscular. Conduz da cauda do epidídimo ao ducto ejaculatório.


DÚCTULOS EFERENTES
Revestidos por epitélio cilíndrico simples ciliado e não ciliado associado a um tecido conjuntivo fibroelástico e a células musculares lisas. Drenam os espermatozoides da rede testicular; Conduzem aos ductos epididimários.

DUCTOS EPIDIDIMÁRIOS
Revestidos por um epitélio pseudoestratificado cilíndrico estereociliado associado a um tecido conjuntivo com células musculares lisas; Altamente contorcidos. Durante o trajeto nos ductos epididimários, ocorre a maturação dos espermatozoides, com absorção de resíduos citoplasmáticos do processo de espermiogênese. Na cauda do epidídimo, os espermatozóides são armazenados até a ejaculação.




E

EMBRIÃO
Este termo refere-se ao ser humano em desenvolvimento durante os estágios iniciais (p.ex., zigoto, mórula, blastocisto).

EMBRIOBLASTO
Massa celular interna que contém no blastocisto que forma o embrião.

ENDOMÉTRIO
É um tecido ricamente vascularizado que reveste a parede interna do útero. Esse tecido, rico em vasos sanguíneos e glândulas especializadas, são formados e destruídos periodicamente no período menstrual, em resposta às alterações hormonais. A função do endométrio é acolher e nutrir o embrião nos estágios iniciais da gravidez, oferecendo condições necessárias para a implantação e nutrição do óvulo fecundado, até a formação da placenta para permitir o transporte de nutrientes e oxigênio, entre mãe e feto. Quando não há fecundação, toda a camada funcional do endométrio é expelida, dando início ao processo de menstruação, um fenômeno de grande importância para a natureza feminina. Este tecido está sob constante influência dos hormônios ovarianos (estrogênio e progesterona) e ao longo do mês sua espessura e vascularização são alteradas. Isto acontece somente quando o útero já está bem desenvolvido, ou seja, na puberdade quando ocorre a primeira menstruação. Á partir de então, em todos os meses do ano, o endométrio fica mais espesso e rico em vasos sanguíneos, como preparação para uma possível gestação.

EPIBLASTO
É uma camada espessa de células colunares altas, é ela que dá origem a: mesoderma (extraembrionário e embrionário), ectoderma (do âmnio e embrionário) e endoderma (do embrião), além do processo notocordal.

EPIDÍDIMO
Canal único enovelado onde passam os espermatozóides imaturos, onde também são armazenados.

ESPERMAÓCITO I
O espermatócito I ou espermatócito primário é a célula resultante do desenvolvimento da espermatogônia. É uma célula diplóide (2n) que, por meiose, dá origem a dois espermatócitos secundários e posteriormente quatro espermátides.

ESPERMATOGÊNESE
Refere-se à sequência inteira de eventos pelos quais células germinativas primitivas – as espermatogônias – são transformadas em células germinativas maduras, ou espermatozóides. As espermatogônias ficam adormecidas nos túbulos seminíferos do testículo desde o final do período fetal. Elas começam a aumentar de número na puberdade. Após várias divisões mitóticas, as espermatogônias crescem e passam por mudanças graduais que as transformam em espermatócitos primários, as maiores células germinativas dos túbulos seminíferos. Subsequentemente, cada espermatócito primário passa por uma divisão de redução – a primeira divisão meiótica -, formando dois espermatócitos secundários, haploides que tem cerca da metade do tamanho dos espermatozóides primários. Subsequentemente, os espermatócitos secundários passam por uma segunda divisão meiótica, formando quatro espermátides, haplóides, que tem cerca da metade do tamanho dos espermatócitos secundários. Durante esta divisão, não ocorre outra redução do número de cromossomas. Através de um processo denominado espermiogênese, as espermátides transformam-se, gradualmente, em quatro espermatozóides maduros. Durante esta metamorfose (mudança de forma), o núcleo se condensa, forma-se o acrossoma e a maior parte do citoplasma é descartada. Incluindo a espermiogênese, a espermatogênese leva cerca de dois meses para de completar e, normalmente, ocorre durante toda a vida reprodutiva do homem. Quando a espermatogênese está completa, os espermatozoides penetram na luz dos túbulos seminíferos. Os espermatozoides deslocam-se para o epidídimo, onde são armazenados e tornam-se funcionalmente maduros.

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ESPERMATOZÓIDE
Refere- se à célula germinativa masculina produzida nos testículos. Numerosos espermatozoides são expelidos da uretra masculina durante a ejaculação.

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ESPERMIOGÊNESE
As espermátides arredondadas são transformadas em espermatozoides através de uma série de modificações morfológicas progressivas conhecidas como espermiogênese. Estas modificações incluem condensação da cromatina nuclear, formação da cauda espermática ou aparelho flagelar, e desenvolvimento da capa acrossomal. Podem-se destacar quatro fases no processo de desenvolvimento da espermátide:
1. Na fase Golgi, ocorre a formação de grânulos dentro do aparelho de Golgi, a complexação destes com posterior aderência no envelope nuclear. 
2. Na fase da capa, ocorre a difusão dos grânulos sobre o núcleo da espermátide e formação do axonema, o qual dará origem à futura cauda do espermatozoide. 
3. Durante a fase do acrossoma ocorrem modificações no núcleo, acrossoma e na cauda da espermátide em desenvolvimento. Aqui ocorre um deslocamento do citoplasma para a região caudal do núcleo. 
4. Na fase de maturação se dá a transformação final da espermátide alongada em células que são liberadas na luz dos túbulos seminíferos. Esta liberação das células para a luz dos túbulos é chamada espermiação.



F

FECUNDAÇÃO
A fecundação é uma sequência complexa de eventos moleculares coordenados que se iniciam como contato entre um espermatozóide e um ovócito. A fecundação termina com o entrelaçamento dos cromossomos maternos e paternos na metáfase da primeira divisão mitótica do zigoto. Moléculas ligantes de carboidratos e ligantes de proteínas, presentes na superfície dos gametas, estão envolvidos na quimiotaxia do espermatozóide e no reconhecimento dos gametas, assim como no processo de fecundação.
As fases da fecundação são:
·        Passagem do espermatozóide através da corona radiata do ovócito. A dispersão das células foliculares da corona radiata ocorre principalmente em decorrência da ação da enzima hialuronidase, que é liberada a partir do acrossoma do espermatozoide. As enzimas da mucosa da tuba também parecem auxiliar a hialuronidase. Além disso, os movimentos da cauda do espermatozóide também são importantes durante a penetração da corona radiata.
·        Penetração da zona pelúcida. A formação de um caminho para o espermatozóide, através da zona pelúcida, é decorrente da ação de enzimas liberadas a partir do acrossoma. A enzima proteolítica acrosina (assim como as esterases e a neuraminidase) parece causar a lise da zona pelúcida, formando assim um caminho para o espermatozóide chegar até o ovócito.
·        Fusão das membranas plasmáticas celulares do ovócito e do espermatozóide. Uma vez que a fusão ocorre, o conteúdo dos grânulos corticais é liberado para o espaço perivitelino, levando a mudanças na zona pelúcida. Essa alteração evita que outros espermatozóides entrem. A membrana celular se rompe no local da fusão. A cabeça e a cauda do espermatozóide entram então no citoplasma do ovócito, mas a membrana plasmática e a mitocôndria de espermatozóide ficam para trás.
·        Finalização da segunda divisão meiótica do ovócito. O ovócito completa a segunda divisão meiótica e forma um ovócito maduro e um segundo corpo polar. O núcleo do ovócito maduro se torna o pronúcleo feminino.
·        Formação do pronúcleo masculino. Dentro do citoplasma do ovócito, o núcleo do espermatozóide aumenta de tamanho e forma o pronúcleo masculino. A cauda do espermatozóide se degenera. Durante o crescimento, os pronúcleos feminino e masculino replicam seu DNA.
·        Ruptura das membranas pronucleares. Ocorrem a condensação dos cromossomos, o rearranjo dos cromossomos para a divisão celular mitótica, e a primeira clivagem do zigoto. A combinação de 23 cromossomos em cada pronúcleo resulta em um zigoto com 46 cromossomos.


A fecundação:
·        Estimula o ovócito secundário a completar a segunda divisão meiótica, produzindo o segundo corpo polar.
·        Restaura o número diploide normal de cromossomos (46) no zigoto.
·        É responsável pela variação da espécie humana por meio da mistura de cromossomos maternos e paternos.
·        Determina o cromossomo sexual do embrião; um espermatozóide portador de cromossomo sexual X produz um embrião feminino, e um espermatozóide portador do cromossomo sexual Y produz um embrião masculino.
·        Causa a ativação metabólica do ovócito, que inicia a clivagem do zigoto. 

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FETO
Após o período embrionário (oito semanas), o ser humano em desenvolvimento é chamado feto. Durante o período fetal (da nona semana até o nascimento), ocorrem a diferenciação e o crescimento dos tecidos e órgãos formados durante o período embrionário. A maturação do funcionamento dos órgãos e a taxa de crescimento corporal são notáveis, especialmente durante o terceiro e quarto meses, e o ganho de peso é acentuado durante os últimos meses.

FOLHETOS EMBRIONÁRIOS
·        Ectoderma: A ectoderme ou ectoderma é um folheto embrionário exterior que reveste o embrião. Após ocorrer a fertilização, o ovo irá sofrer várias diversões mitóticas, e na fase de gastrulação, será gerado um embrião didérmico, que irá apresentar-se formado por duas camadas de células: a endoderme (interna) e a ectordeme (externa). Sua função não se limita a revestir o embrião. Este folheto dá origem a diversas estruturas como aos componentes do sistema nervoso. Na etapa final da gastrulação, começa a ser formada a placa neural, na parte dorsal da ectoderme havendo a formação da notocorda e do tubo neural. Em seguida, o tudo neural irá gerar os tecidos componentes do sistema nervoso através de divisão e diferenciação celular. A ectoderme está ligada também à formação de certos anexos embrionários. O revestimento da camada amniótica é originado de uma dobra deste folheto embrionário e pelo folheto parietal da mesoderme. O córion, estrutura relacionada com as trocas gasosas é, também, formado por uma dobra da ectoderme e pelo folheto parietal da mesoderme. Origina também diversos tecidos definitivos do adulto, como: órgãos sensitivos, epiderme e estruturas de revestimento associadas a esta última (pêlos, escamas e penas), além do tecido nervoso que já foi citado anteriormente.

·        Mesoderma: Inicialmente as células do mesoderme formam um fino folheto de tecido frouxamente entrelaçado de cada lado da linha média. Posteriormente, as células proximais da linha média proliferam e formam uma placa de tecido espessada denominada mesoderme paraxial. Mais lateralmente a camada mesodérmica permanece fina e é denominada como mesoderme lateral (placa lateral). Com o aparecimento e a coalescência das cavidades intercelulares no mesoderme lateral, estetecido é dividido em duas camadas: (a) uma camada, contínua ao mesoderme que reveste o âmnio, chamada camada mesodérmica somática ou parietal (mesoderme lateral somático) e (b) uma camada, contínua ao mesoderme que recobre o saco vitelino, denominada como camada mesodérmica esplâncnica ou visceral (mesoderme lateral esplâncnico). Juntas, estas camadas revestem uma cavidade recém-formada, a cavidade intra-embrionária ou celoma intra-embrionário, que é contínua à cavidade extra-embrionária de cada lado do embrião. O mesoderme intermediário une o mesoderme paraxial ao mesoderme lateral.

·        Endoderma: Os tratos gastrointestinal e respiratório são os principais sistemas orgânicos derivados do folheto germinativo endodérmico. Esse folheto germinativo cobre a superfície ventral do embrião e forma o teto do saco vitelino. Com o desenvolvimento e o crescimento das vesículas encefálicas, porém, o embrião em formação começa a fazer protrusão na cavidade amniótica e a se dobrar no sentido cefalocaudal. Este dobramento é mais pronunciado nas regiões da cabeça e da cauda, onde forma as pregas cefálica e caudal. Em conseqüência do dobramento cefalocaudal, uma parte continuamente maior da cavidade (saco vitelino), revestida pela endoderme, é incorporada ao corpodo embrião propriamente dito. Além disso, o dobramento lateral do embrião leva a formação das pregas laterais, direita e esquerda. O dobramento lateral resulta do rápido crescimento da medula espinhal e dos somitos. Os primórdios da parede ventrolateral dobram-se em direção ao plano mediano, deslocando, ventralmente, as bordas do disco embrionário e formando um embrião grosseiramente cilíndrico. Na parte anterior do embrião, a endoderme forma o intestino anterior; na região da cauda ele forma o intestino posterior. A parte entre o intestino anterior e o intestino posterior é o intestino médio. O intestino médio se comunica temporariamente com o saco vitelino por meio de um pedículo largo, o ducto vitelino. Este ducto é inicialmente largo, mas com o crescimento adicional do embrião ele se torna estreito e muito mais longo. Em sua extremidade cefálica o intestino anterior é temporariamente bloqueado por uma membrana ectodérmico-endodérmica denominada membrana bucofaríngea (membrana orofaríngea), que ao romper-se estabelece uma conexão aberta entre a cavidade amniótica e o intestino primitico. Do mesmo modo, o intestino posterior termina numa membrana com as mesmas características, denominada membrana cloacal, que se rompe posteriormente produzindo uma abertura para o ânus. 

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FSH
Hormônio folículo estimulante que estimula o desenvolvimento dos folículos ovarianos e a produção de estrogênio pelas células foliculares.





G

GAMETOGÊNESE
Formação de gametas; É o processo de formação e desenvolvimento de células geradoras especializadas denominadas gametas, ou células germinativas – ovócitos, nas mulheres, e espermatozóides, nos homens. Este processo, que envolve os cromossomos e o citoplasma dos gametas, prepara estas células sexuais especializadas para a fertilização (união dos gametas masculino e feminino). Durante a gametogênese, o número de cromossomas é reduzido pela metade e a forma das células se altera, especialmente a das células sexuais masculinas. 

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GASTRULAÇÃO
É o nome do processo pelo qual ocorre uma invaginação nos tecidos do embrião, formando os folhetos embrionários. Em humanos, a gastrulação dá origem a um disco embrionário com três lâminas, ou três folhetos germinativos: endoderma, mesoderma e ectoderma, sendo caracterizados como triblásticos. O endoderma dá origem aos tecidos de revestimento do sistema digestório, respiratório e às células de glândulas de órgãos como o fígado e pâncreas. O ectoderma origina o sistema nervoso e a epiderme. O mesoderma origina quase todo o restante. Durante a gastrulação há a formação da notocorda e o embrião recebe o nome de gástrula. Em humanos, na terceira semana forma-se a linha primitiva, que é um acúmulo de células do epiblasto e sua extremidade anterior forma o nó primitivo, evidenciando um eixo cefálico-caudal. A partir das células da linha primitiva formam-se as células do mesênquima, que origina o mesoderma. O epiblasto origina o ectoderma e o hipoblasto origina o endoderma.
A notocorda começa ser formada quando algumas células do mesênquima migram na região do nó cefálico e crescendo entre o mesoderma e o ectoderma. Na região caudal da linha primitiva forma-se a membrana cloacal, que dará origem ao ânus. Por volta da segunda semana forma-se o alantóide, que tem função na atividade respiratória e é local para armazenar urina de embriões de répteis, aves e alguns mamíferos. Em humanos está relacionado com o desenvolvimento da bexiga urinária. Na gastrulação também temos a formação do arquêntero, que pode ser chamado de intestino primitivo, e a formação do blastóporo, que é o ponto de invaginação da gastrulação. Em alguns animais, o blastóporo dá origem à boca, e são chamados de protostômios. Quando o blastóporo dá origem ao ânus, são chamados de deuterostômios. 

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GLÂNDULAS ACESSÓRIAS
Vesículas Seminais: A mucosa pregueada da vesícula seminal é revestida por um epitélio pseudoestratificado cilíndrico que repousa sobre uma lâmina própria fibroelástica. Presença de camada de fibras musculares lisas e uma adventícia fibrosa ao redor. Produzem um fluido rico em frutose.

·        Próstata: Possui uma cápsula de tecido conjuntivo denso não-modelado fibroelástico com fibras musculares lisas. O parênquima da próstata é constituído por numerosas glândulas individuais túbulo-alveolares. A mucosa pregueada das glândulas é revestida por um epitélio que varia de cúbico simples a cilíndrico simples, com regiões de pseudoestratificado cilíndrico. A mucosa é sustentada por um conjuntivo fibroelástico altamente vascularizado e com fibras musculares lisas. Produz um fluido branco e seroso.

·        Glândulas Bulbouretrais: Localizadas na raiz do pênis. Possui cápsula de tecido conjuntivo denso não-modelado que envia septos e subdivide a glândula em lóbulos. A luz da glândula é revestida por um epitélio que varia de cúbico a cilíndrico simples. Produz um muco lubrificante para a uretra.




H

HIPOBLASTO
É uma camada de células pequenas e cuboides, que ficam adjacentes à cavidade exocelômica. Ele forma o endoderma do saco vitelino e, junto com o epiblasto, o mesoderma extraembrionário. Depois, esse mesoderma vai ser formado por células que surgem na linha primitiva.



I

INTÉRFASE
Corresponde a um período entre duas divisões celulares, onde a célula encontra-se em grande atividade metabólica. Durante a intérfase ocorre a duplicação do DNA. A interfase se subdivide em três fases chamadas: G1, S e G2.
-A fase G1 é a que vem logo depois da mitose, nela ocorre a síntese de RNA e de proteínas, com recuperação do tamanho celular que foi reduzido à metade na mitose.
-Na fase S ocorre a síntese do DNA e duplicação dos cromossomos e centríolos.
-Na fase G2 as células acumulam energia para ser usada durante a mitose.
-As células do tecido que não se renovam saem do ciclo celular e entram na fase G-zero.

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L

LH
Hormônio luteinizante serve como “gatilho” para a ovulação e estimula as células foliculares e o corpo lúteo a produzirem progesterona.


LINHA PRIMITIVA
A linha primitiva aparece no início da terceira semana como um espessamento na linha média do epiblasto embrionário na extremidade caudal do disco embrionário. Ela dá origem a células mesenquimais que migram ventralmente, lateralmente e cranialmente entre o epiblasto e o hipoblasto. Tão logo a linha primitiva começa a produzir células mesenquimais, a camada epiblástica passa a chamar-se ectoderma embrionário, e o hipoblasto, endoderma embrionário. As células mesenquimais produzidas pela linha primitiva logo se organizam numa terceira camada germinativa, o mesoderma intra-embrionário. As células migram da linha primitiva para as bordas do disco embrionário, onde se juntam ao mesoderma extra-embrionário que recobre o âmnio e o saco vitelino. Ao final da terceira semana, existe mesoderma entre o ectoderma e o endoderma em toda a extensão, exceto na membrana orofaríngea, na linha média ocupada pela notocorda (derivada do processo notocordal) e da membrana cloacal.

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M

MEIOSE
Divisão celular onde uma célula diploide dá origem a quatro células haploides, cada uma com a metade do número de cromossomos da célula original. É o processo através do qual se formam as células reprodutoras (gametas). Como ocorre na divisão da mitose, também na meiose, antes de iniciar a divisão celular, a célula passa pela interfase com os períodos G1, S e G2 com os seguintes eventos: G1 e G2 – Síntese de proteínas e RNA. A primeira etapa da meiose difere muito de uma mitose, pois ocorrem os fenômenos de pareamento e separação de cromossomos homólogos que não ocorrem na mitose.
Na intérfase, os cromossomos estão desespiralizados, finos, compridos e não são vistos individualmente. É, no entanto, na intérfase que ocorre a duplicação do DNA e consequentemente, dos cromossomos, formando assim as cromátides. Após a duplicação dos cromossomos, inicia-se a divisão celular.
A meiose ocorre por duas divisões celulares sucessivas:
- Meiose I ou Reducional
- Meiose II ou Equacional

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·        Meiose I ou Reducional:
Compreende as seguintes fases: Prófase I, Metáfase I, Anáfase I e Telófase I

Prófase I
- Cromossomos já duplicados com duas cromátides irmãs.
- Ocorre crossing over
- Carioteca se desintegram
- Fase mais longa.
Sub-fases da prófase I: leptóteno, zigóteno, paquíteno, diplóteno e diacinese
Leptóteno: cromossomos individualizados e distendidos, início da espiralização dos cromossomos homólogos, cada região se condensa primeiro, formando pequenos nódulos, os cromômeros.
- Zigóteno: cromossomos mais condensados, início do emparelhamento dos cromossomos (sinapse).
- Paquíteno: cromossomos mais condensados e pareados, sinapse terminada, formando conjuntos chamados bivalentes ou tétrades (dois cromossomos homólogos emparelhados e existência de quatro cromátides).
- Diplóteno: fragmentação das cromátides, e logo a seguir a soldagem de reparação, uma cromátide se solda ao fragmento de sua homóloga e vice-versa, o que recebe o nome de permutação ou crossing-over.
- Diacinese: ocorre a terminalização dos quiasmas, isto é, seu deslizamento para as extremidades dos cromossomos e sua completa separação, o nucléolo desaparece e a carioteca desintegra-se, ficando os cromossomos soltos no citoplasma, cada cromossomo do par de homólogos se liga a fibras do fuso acromático que se dirigem a um dos pólos celulares.
A prófase I é caracterizada pelo fenômeno do pareamento dos cromossomos homólogos. Nesta fase pode ocorrer o fenômeno de permutação ou crossing-over, que é uma importante fonte de variabilidade genética nas populações com a formação de gametas recombinantes.

Metáfase I
- Grau máximo de condensação ou espiralização
- Os cromossomos estão emparelhados no equador celular

Anáfase I
- Encurtamento das fibras do fuso, os cromossomos homólogos se separam e se dirigem para pólos opostos.
- As cromátides irmãs permanecem unidas.
- Em cada pólo, está a metade dos cromossomos da célula-mãe, ainda duplicados.


Telófase I
Nesta fase, os cromossomos se desespiralizam, a carioteca se refaz e o citoplasma se divide, formando duas células-filhas haplóides.
Entre o final da divisão I e o início da divisão II, pode ocorrer um pequeno intervalo, a intercinese, no qual não há duplicação do DNA.

·        Meiose II ou Equacional
Os eventos desta etapa são idênticos aos de uma mitose, uma vez que duas células haplóides, resultantes da divisão I, irão originar quatro células haplóides no final. 

MIOMÉTRIO
É a camada média da parede uterina composta por células de músculo liso.

MITOSE
Processo de divisão celular, caracterizado pela duplicação de todos os componentes celulares e pela distribuição uniforme desses elementos nas células filhas. Na mitose uma célula original 2n, dá origem a duas células filhas também 2n. São idênticas entre si e idênticas à célula original, pois conservam o mesmo número de cromossomos. A mitose se divide em quatro fases: prófase, metáfase, anáfase e telófase. A mitose garante a reprodução dos organismos unicelulares e o crescimento por aumento do número de células dos organismos pluricelulares. Atua também na renovação tecidual e na regeneração. A mitose permite o crescimento do indivíduo, a substituição de células que morrem por outras novas e a regeneração de partes lesadas do organismo.

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Prófase
As características da primeira fase da mitose são: começo de condensação da cromatina; cromossomos com duas cromátides; desaparecimento do nucléolo; duplicação do centro celular e centríolo; crescimento das fibras de cada áster, empurrando o centro celular em direção aos pólos, formando as fibras polares, organizado pelo centro celular e não pelo centríolo; formação de microtubulos, iniciando-se a formação do fuso mitódico.


Metáfase
- Cromossomos atingem a região mediana, formando a placa equatorial.
- Cromossomos ficam presos as fibras.
- Cromossomos mais visíveis por atingirem máximo grau de espiralização.
- Movimentos das organelas e partículas para os pólos.


Anáfase
- Tem início a divisão longitudinal dos centrômeros.
- Separação das duas cromáticas de cada cromossomos.
- Cromossomos filhos seguem para os pólos.
- Chegada dos cromossomos aos pólos.

Telófase
- Descondensação dos cromossomos, desaparecimento do cinetócoro e fibras cinetocóricas, reorganização da carioteca e nucléolo.
- Divisão do citoplasma (citocinese).
- Formação das duas células filhas idênticas.


MÓRULA
Quando a clivagem do zigoto produz 12 a 32 blastômeros, o embrião é denominado mórula. Recebe este nome porque os blastômeros se juntam uns aos outros para formar uma bola compacta de células que se assemelha a uma amora. O estágio de mórula ocorre três dias após a fecundação, coincidindo com a entrada do embrião no útero pela tuba uterina.

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N

NEURULAÇÃO
A neurulação é o processo que forma o sistema neural no embrião. A notocorda induz o desenvolvimento da placa neural, a partir do ectoderma. Essa placa neural origina-se próxima ao nó primitivo e depois se invagina, formando o sulco neural com as pregas neurais, as quais se fundem e formam o tubo neural, que se separa da ectoderme, que então ira se diferenciar na epiderme. As células neuroectodérmicas formam a crista neural, que é dividida em duas partes que originam os gânglios espinhais e cranianos. As pregas neurais tornam-se particularmente proeminentes na extremidade cefálica do embrião e constituem os primeiros sinais do desenvolvimento do encéfalo. Logo em seguida, as pregas neurais se aproximam e fundem-se, convertendo a placa neural em tubo neural, o primórdio do SNC. A formação do tubo neural é um processo complexo, multifatorial, envolvendo forças extrínsecas. O tubo neural separa-se logo do ectoderme de superfície e as bordas livres deste se fundem, tornando esta camada contínua sobre o tubo neural e as costas do embrião. Com a fusão das pregas neurais para formar o tubo neural, algumas células neuroectodérmicas, dispostas ao longo da crista de cada prega neural, perdem tal afinidade com o epitélio e ligam-se as células vizinhas.

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NIDAÇÃO
O termo nidação refere-se ao momento de implantação de um embrião de mamífero na parede uterina que ocorre durante a blástula. Como o processo de deslocamento do embrião das trompas uterinas (onde ocorreu a fertilização) até o útero pode demorar cerca de 4 a 15 dias, então a fixação do embrião ocorrerá nesse intervalo de tempo (4° ao 15° dia após a fertilização). Quando o embrião encontrar o endométrio (membrana mucosa que reveste a parede do útero internamente), ele irá liberar enzimas que irão “digerir” as células endometriais e ao mesmo tempo, é envolvido por outras células em proliferação do endométrio. Na maioria dos casos, a nidação ocorre na parede posterior do útero, no endométrio. No entanto, qualquer parte do órgão está capacitada para que o concepto tenha um bom desenvolvimento. Após a nidação, tem início a formação das estruturas embrionárias, como: placenta, cordão umbilical e saco amniótico e após a 5° semana de gestação, a placenta começa a produzir estrógeno e progesterona para manter o endométrio, pondo fim à produção de HCG, e em consequência, há a regressão do corpo amarelo.

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NOTOCORDA
Algumas células mesenquimais migram cefalicamente do nó e da fosseta primitivos, formando um cordão celular mediano, o processo notocordal. As células pré-notocordais que se invaginam na fosseta primitiva movem-se para diante em direção cefálica até chegarem à placa pré-cordal. Estas células pré-notocordais se intercalam no hipoblasto, de modo que, por um curto período, a linha média do embrião consiste em duas camadas de células formando a placa notocordal. Iniciando pela extremidade cefálica do embrião, as células da notocorda proliferam e a placa notocordal se dobra, formando a notocorda, cuja forma assemelha-se a um bastão. A parte proximal do canal notocordal persiste, temporariamente, como o canal neuroentérico, que forma uma comunicação transitória entre as cavidades das cavidades amniótica e vitelina. Normalmente, o canal neuroentérico se oblitera ao fim do desenvolvimento da notocorda. A notocorda separa-se da endoderme do saco vitelino, que, novamente, torna-se uma camada contínua.



O

OVÁRIOS
São glândulas, em forma de amêndoa, localizadas de cada lado do útero que produzem ovócitos. Os ovários produzem estrogênio e progesterona, os hormônios responsáveis pelo desenvolvimento das características sexuais secundárias e pela regulação da gestação.

OVÓCITO
Célula germinativa feminina produzida nos ovários. Quando maduro, o ovócito é denominado ovócito secundário.

OVOGÊNESE
Refere-se à sequência de eventos pelos quais as ovogônias transformam-se em ovócitos. A ovogênese, um processo recorrente, faz parte do ciclo ovariano. Estes ciclos ocorrem mensalmente durante toda a vida reprodutiva das mulheres, exceto durante a gravidez. No início da vida fetal, os ovócitos primitivos – as ovogônias – proliferam por divisão mitótica. Antes do nascimento, as ovogônias aumentam de tamanho, formando ovócitos primários. Ao nascimento, todos os ovócitos primários completaram a prófase da primeira divisão meiótica. Estes ovócitos permanecem em prófase até a puberdade. Logo após a ovulação, um ovócito termina a primeira divisão meiótica. Entretanto, ao contrário do que ocorre no estágio correspondente da espermatogênese, a divisão do citoplasma é desigual. O ovócito secundário recebe quase todo o citoplasma, e o primeiro corpo polar recebe muito pouco; esta pequena célula, não funcional, degenera logo. Na ovulação, o núcleo do ovócito secundário inicia a segunda divisão meiótica, mas chega somente até a metáfase, onde a divisão é interrompida. A segunda divisão meiótica é completada quando o ovócito secundário é fertilizado por um espermatozoide. Novamente, a maior parte do citoplasma é retida por uma célula, o ovócito maduro, ou ovócito fertilizado. A outra célula, não funcional, o segundo corpo polar, é muito pequena e degenera logo. O ovócito secundário liberado na ovulação está envolvido por uma capa de material amorfo, denominada zona pelúcida, e por uma camada de células foliculares, denominada corona radiata.


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OVULAÇÃO
As células foliculares dividem-se ativamente, formando uma camada estratificada em torno do ovócito. Logo o folículo ovariano torna-se oval e o ovócito assume uma posição excêntrica, pois a proliferação das células foliculares é mais rápida de um dos lados. Subsequentemente, aparecem espaços cheios de fluido em torno das células; estes espaços coalescem, formando uma única cavidade grande, o antro, que contém fluido folicular. Depois da formação do antro, o folículo ovariano passa a ser denominado folículo secundário, ou vesicular. O ovócito primário fica deslocado para um dos lados do folículo, onde fica rodeado por um acumulo de células foliculares, o cumulus oophorus, que se projeta no antro aumentado. O folículo continua a crescer até chegar à maturidade e formar uma saliência na superfície do ovário. Agora ele é um folículo ovariano maduro. Em torno do meio do ciclo (dia 14 em um ciclo menstrual médio de 28 dias), o folículo ovariano, sob a influência do FSH e do LH, passa por um surto de crescimento, que produz um intumescimento ou saliência cística na superfície do ovário. Uma pequena mancha avascular, o estigma, aparece neste intumescimento. Antes da ovulação, o ovócito secundário e algumas células do cumulus oophorus se separam da parte anterior do folículo distendido. A ovulação é desencadeada por um pico da produção de LH. Usualmente, a ovulação ocorre de 12 a 24 horas após o pico de LH. O pico de LH, induzido pelo alto nível de estrógeno do sangue, parece levar o estigma a expandir-se para fora do folículo e formar uma vesícula. O estigma rompe-se, expelindo o ovócito secundário e fluido folicular. A expulsão do ovócito resulta da pressão intrafolicular e da possível contração do músculo liso da teca externa estimulado por prostaglandinas. A digestão enzimática da parede folicular parece ser um dos principais mecanismos que levam à ovulação. O ovócito expelido vem envolvido pela zona pelúcida e uma ou mais camadas de células foliculares dispostas radialmente formando a corona radiata e o cumulus oophorus, que constituem o complexo ovócito-cumulos. O pico de LH também parece induzir o reinício da primeira divisão meiótica do ovócito primário. Consequentemente, os folículos ovarianos maduros contêm ovócitos secundários.





P

PLACENTA
Ocorre apenas nos mamíferos e é formada pela união do córion e alantóide, do embrião, mais o endométrio materno. Por ser formada pela união de anexos embrionários fetais mais tecidos maternos, muitos autores consideram a placenta como um órgão, e não como um anexo embrionário. A placenta permite a fixação do embrião na parede do útero, realiza trocas gasosas entre o feto e o sangue materno, permite a passagem de nutrientes para o embrião e promove a retirada de excretas.
Tipos de placenta:
·        Não decídua ou semiplacenta:
- Nidacao superficialb
- Sem perdas endometriais
- Exemplos: porca, égua, vaca

·        Decídua, conjugada ou vera
- Nidação intersticial
- Com perdas endometriais
- Exemplos: carnívoro e mulher

·        Carionica
- Temporária
- Definitiva
- Trofoblasto
- Camada avascular
·        Cariovitelinica

- Saco vitelínico entra em contato com o cório
- Primitiva
- Marsupiais

·        Corioalantoidiana
Dividida em quatro:
- Difusa
- Cotiledonaria
- Zonaria
- Discoidal

·        Difusa
- Exemplos: Égua e porca
- União entre cório e alantoide
- Ocupa uma área grande do endométrio

·        Cotiledonária
- Exemplos: Ruminantes
- Cotilédone + Carúncula

·        Zonária
- Exemplos: Carnívoros
- Circuscrição da vilosidade com cório
- Fica ao redor do cório, com maior fixação

·        Discoidal
- Primatas e roedores
- Agrupamento de vilosidades
- Em forma de disco que se agregam em um ponto do útero

  
Barreiras Placentárias:


·        Hemocorial (3 camadas)

-Endotélio vascular embrionário
- Conjuntivo da vilosidade
- Trofoblasto
- Sangue materno em contato com o cório
- Exemplos: Primatas, rata, coelha e cobaia

·        Endotéliocorial (4 camadas)

- Endotélio vascular embrionário
- Conjuntivo da vilosidade
- Trofoblasto
- Endotélio vascular materno
- Contato com o cório
- Exemplos: Carnívoros

·        Sindesmocorial (5 camadas)

- Endotélio vascular embrionário
- Conjuntivo da vilosidade
-Trofoblasto
- Endotélio vascular materno
- Conjuntivo endometrial
- Exemplo: Ruminantes

·        Epitéliocorial (6 camadas)

- Endotélio vascular embrionário
- Conjuntivo da vilosidade
-Trofoblasto
- Endotélio vascular materno
- Conjuntivo endometrial
- Epitélio uterino
- Exemplos: Ungulados: égua e porca


Aspectos funcionais da placenta:
- Nutrição (sangue)
- Secreção (hormônios)
- Respiração
- Proteção (mecânica)
·      
         Cordão Umbilical

- Troca de nutrientes
- Veia umbilical
- Transporte de O2
- Artérias umbilicais (sangue desoxigenado)



PRIMÓRDIO
Este termo refere-se ao início ou a primeira indicação notável de um órgão ou estrutura.





R

REAÇÃO ACROSSÔMICA
O acrossomo do espermatozoide contém as enzimas proteolíticas que digerem a zona pelúcida do ovócito, permitindo que o gameta masculino fertilize o gameta feminino. A liberação dessas enzimas é fundamental para a fertilização, e tal processo denomina-se reação acrossômica. 

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S

SACO CORIÔNICO
O final da segunda semana é caracterizado pelo surgimento das vilosidades coriônicas primárias. A proliferação das células citotrofoblásticas produz extensões celulares que crescem no interior do sinciciotrofoblasto. As projeções celulares formam as vilosidades coriônicas primárias, o primeiro estágio no desenvolvimento das vilosidades coriônicas da placenta. O celoma extraembrionário divide o mesoderma extraembrionário em duas camadas:
·        O mesoderma somático extraembrionário, que reveste o trofoblasto e cobre o âmnio.
·        O mesoderma esplâncnico extraembrionário, que envolve a vesícula umbilical.

Acredita-se que o crescimento dessas extensões citotrofoblásticas seja induzido pelo mesoderma somático extraembrionário. O mesoderma somático extraembrionário e as duas camadas do trofoblasto formam o córion. O córion forma a parede do saco coriônico.

SACO VITELINO
Presente nos peixes, répteis, aves e mamíferos. É uma estrutura em forma de saco, revestida externamente pela mesoderme e, internamente, pela endoderme e constituída de um nutriente, denominado vitelo. Nos mamíferos, o saco vitelínico é reduzido e apresenta pouco vitelo, portanto, este anexo não é relevante para o processo de nutrição do embrião dos mamíferos, tal função é realizada pela placenta. Sua principal função é armazenar reservas nutritivas durante o desenvolvimento do embrião. Nos mamíferos esse anexo é reduzido, pois a placenta assume a função de nutrição do embrião. Ligado ao intestino embrionário e ao embrião por meio de ductos, auxilia nos processos relativos à alimentação do indivíduo em formação. Isto é possível porque ele envolve o vitelo; as células derivadas do mesoderma digerem seus componentes e estes são distribuídos para os vasos sanguíneos do embrião, formados a partir do mesoderma. Animais ovovíparos geralmente nascem logo após a reabsorção do saco vitelínico. O cavalo-marinho é um exemplo. Neste, assim como em outros peixes, apenas este anexo embrionário está presente, e o vitelo se encontra abrigado em células denominadas macrômeros, e não em uma membrana vitelina. Embrião e saco vitelínico ficam envoltos por uma membrana: o cório.

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SINCICIOTROFOBLASTO
Auxilia na fixação e nutrição do embrião, produzindo enzimas que digerem alguns tecidos do útero, abrindo espaços para o embrião se fixar. Este processo também provoca uma vascularização da região, auxiliando na vascularização para nutris o embrião.

SOMITOS
O mesoderma de cada lado da notocorda se espessa para formar as colunas longitudinais do mesoderma paraxial. A divisão dessas colunas mesodérrricas paraxiais em pares de somitos começa cefalicamente, no final da terceira semana. Os somitos são agregados compactos de células mesenquimais, de onde migram células que darão origem às vértebras, costelas e musculatura axial.



T

TROFOBLASTO
Camada celular externa que recobre os blastômeros, que formará a parte embrionária da placenta.


TUBAS UTERINAS
Conduz o zigoto em clivagem para a cavidade uterina.

TÚBULOS SEMINÍFEROS

Também chamados de tubos seminíferos, localizam-se no testículo, sendo que cada lóbulo testicular é composto por um a quatro destes túbulos que se alojam como novelos dentro de um tecido conjuntivo frouxo rico em vasos sanguíneos e linfáticos. É nos túbulos seminíferos que ocorre a produção dos espermatozoides. Cada testículo possui de 250 a 1000 túbulos que medem aproximadamente 150 a 250 µm de diâmetro e 30-70 centímetros de comprimento cada um, sendo o comprimento combinado dos túbulos de um testículo de aproximadamente 250 metros. Esses túbulos enovelados iniciam em fundo cego e terminam em curtos tubos denominados por túbulos retos. Estes conectam os túbulos seminíferos com um labirinto de canais anastomosados, revestidos por um epitélio simples pavimentoso ou cubóide, dando origem à rede testicular, localizado em um espessamento da albugínea. Em continuação, aproximadamente 10 a 20 ductos eferentes ligam a rede testicular à porção cefálica do epidídimo. Os túbulos seminíferos são constituídos por uma parede conhecida como epitélio germinativo ou epitélio seminífero, que é envolta por uma lâmina basal e por uma bainha de tecido conjuntivo formado de algumas camadas de fibroblastos. A camada localizada mais internamente, que se encontra aderida à lâmina basal, é formada por células mióides achatadas e contráteis e que possuem características de células musculares lisas. As denominadas células de Leydig ou células intersticiais ocupam a maior parte do espaço entre os túbulos seminíferos.Os túbulos seminíferos consistem em dois tipos de células: células de Sertoli e células que constituem a linhagem espermatogênica. Estas últimas estão dispostas em 4 a 8 camadas e sua função é a produção de gametas masculinos (espermatozóides).


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U

URETRA
É um tubo que da passagem a urina para fora do corpo; sua parte esponjosa está contida no pênis.

ÚTERO
É um órgão periforme, de parede espessa, e é composto por duas partes principais: o corpo; o colo. O corpo do útero se estreita no fundo até o istmo, a região constrita entre o corpo e o colo do útero. A luz do colo uterino, o canal cervical, apresenta uma abertura constrita e um óstio em cada extremidade. O óstio externo se comunica com a vagina. As paredes do corpo do útero são formadas por três camadas: Perimétrio, uma fina camada peritoneal externa; Miométrio, uma camada espessa de músculo liso; Endométrio, uma fina camada interna.



Z

ZIGOTO
Esta célula, resultado da união do ovócito ao espermatozóide, é o início de um novo ser humano. A designação óvulo fecundado refere-se ao ovócito secundário que foi fecundado por um espermatozóide. Quando a fecundação está terminada, o ovócito torna-se um zigoto.

ZONA PELÚCIDA

Confere proteção mecânica ao óvulo e pode atuar como barreira à penetração de espermatozóides de outra espécie. Os grânulos corticais liberam substâncias que alteram as propriedades da zona pelúcida, impedindo a entrada de outros espermatozóides quando o óvulo já tiver sido fecundado.

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Um comentário:

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