quarta-feira, 26 de novembro de 2014

CURIOSIDADES ~ BOVINOS

Conheça mais a raça Nelore






Histórico da raça

A história da raça Ongole, ou Nelore, como é conhecida no Brasil, começa mil anos antes da era cristã, quando os arianos levaram os animais para o continente indiano.
Nelore é o nome de um distrito da antiga Província de Madras, Estado de Andra, situada na costa oriental da Índia, onde foram embarcados os primeiros animais para o Brasil.


O rebanho da raça Nelore no Brasil


A história descreve que a primeira aparição do Nelore no país teria ocorrido em 1868 quando um navio, que se destinava à Inglaterra, ancorou em Salvador com um casal de animais da raça a bordo. Os animais teriam sido comercializados, permanecendo no país.
Dez anos depois, em busca de animais exóticos para trazer ao Brasil, Manoel Ubelhart Lembgruber teve contato com a raça Ongole durante uma visita ao zoológico de Hamburgo, na Alemanha, e de lá promoveu a importação de um casal de animais da raça, em outubro de 1878. Posteriormente, outras partidas oriundas diretamente da Índia aportaram no Rio de Janeiro. A raça Nelore foi então se expandindo aos poucos, primeiro no Rio de Janeiro e, em seguida, São Paulo e Minas Gerais. Em 1938, com a criação do Registro Genealógico, começaram a ser definidas as características raciais do Nelore.
Hoje, estima-se que o Brasil possui um rebanho com mais de 200 milhões de bovinos de corte e leite criados a pasto, dos quais 80% do gado de corte é Nelore ou anelorado, o que equivale a mais de 100 milhões de cabeças. O Nelore brasileiro, além de ser considerado hoje como um patrimônio legitimamente nacional, produz carne saudável e natural, exportada para mais de 146 países e cada vez mais demandada por consumidores esclarecidos do mundo todo.


Características zootécnicas da raça

O Nelore é resistente ao calor devido à sua grande superfície corporal e por possuir maior número de glândulas sudoríparas. As características de seus pêlos também facilitam o processo de troca de calor com o ambiente. Além disso, o trato digestivo é 10% menor em relação às raças de origem europeia. Portanto seu metabolismo é mais baixo e gera menor quantidade de calor. Os machos e as fêmeas apresentam elevada longevidade reprodutiva.
Possui capacidade de aproveitar alimentos grosseiros. Apresenta resistência natural a parasitas, devido às características de seus pelos, que impedem ou dificultam a penetração de pequenos insetos na superfície da pele ou que aí tentam se fixar. A pele escura, fina e resistente, dificulta a ação de insetos sugadores, além de produzir secreção oleosa repelente, que se intensifica quando os animais estão expostos ao calor.
De porte médio, sua ossatura é leve, robusta e forte, com musculatura compacta e bem distribuída. A masculinidade e a feminilidade são acentuadas. O temperamento é ativo e dócil. A raça possui variedades com chifres e mochos. O cupim tem papel fisiológico fundamental, servindo como reserva de energia em situações emergenciais.
O aparelho reprodutivo dos animais é especialmente importante. Na fêmea, o sistema mamário é composto por pequenos tetos, o que facilita a primeira mamada do recém nascido. A garupa ligeiramente inclinada facilita o parto e prepúcio mais reduzido e alto conferem maior eficiência reprodutiva aos machos.
Em suma, as características fisiológicas do Nelore fizeram com que a raça se adaptasse muito bem às condições tropicais brasileiras, tornando–se uma opção para a produção de carne nas diversas, e adversas, condições a que é submetido nas tradicionais regiões de produção pecuária do país.

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