A
ADJUVANTE
Substância, diferente do antígeno, que
aumenta a ativação de célula t e b, principalmente promovendo o acúmulo e a
ativação de células apresentando antígenos (APC) no local da exposição ao
antígeno.
AFINIDADE
A força da ligação entre um único local de
ligação de uma molécula (ex, um anticorpo) e um ligante (ex, um antígeno).
ALÉRGENO
Um antígeno que provoca uma
hipersensibilidade imediata (alergia). Alérgenos são proteínas ou substâncias
químicas ligadas as proteínas que induzem respostas de anticorpos IgE em
indivíduos atópicos.
ALERGIA
Doença causada por uma reação de
hipersensibilidade imediata, muitas vezes referindo-se ao tipo de antígeno que
provoca doença, como alergia alimentar, alergia a picada de abelha e alergia a
penicilina.Todas estas condições são o
resultado da geração de TH2 induzido por antígeno e produção de IgE , ativação de mastócitos ou basófilos.
ANAFILATOXINAS
Fragmentos de complementos C5a, C4a e C3a
gerados durante a ativação do complemento. As anafilotoxinas ligam receptores
de superfície celular específico e promovem inflamação aguda ao estimular as
quimiotaxias de neutrófilos e ativando mastócitos.
ANAFILAXIA
Uma forma sistêmica grave de
hipersensibilidade imediata onde os mediadores de mastócitos ou basófilos causam
constrição dos brônquios, edema do tecido e colapso cardiovascular.
ANERGIA
Estado de insensibilidade ao estímulo antigênico.
Anergia de linfócitos(também chamadode anergia clonal)é o fracasso de clones de células T ou B de de reagir ao
antígeno, e é um mecanismo de manutenção da
tolerância a si mesma. Clinicamente, a energia descreve a falta de
reações cutâneas tardias dependentes de células T os antígenos comuns.
ANTICORPO
Um tipo de molécula de glicoproteína,
também chamada de imunoglobulinas (Ig), produzida por linfócitos B que ligam
antígenos, muitas vezes com um alto grau de especificidade e afinidade. A
unidade estrutural básica de um anticorpo é composta de duas cadeias pesadas
idênticas e duas cadeias leves idênticas
regiões N-terminais variáveis das
cadeias pesadas e leves formam os locais
de ligação de antígenos, enquanto
as regiões C-terminais constantes das cadeias pesadas interagem funcionalmente
com outras moléculas do sistema imunológico. Anticorpos secretados executam
várias funções efetoras, incluindo antígenos neutralizantes, ativação de
complemento e promoção de destruição de micro-organismos dependentes de
leucócitos.
ANTÍGENO
Uma molécula que se liga a um anticorpo ou um
TCR. Antígenos que se ligam a anticorpos incluem todas as classes de moléculas.
Os TCR vinculam apenas fragmentos peptídicos de proteínas complexadas com
moléculas de MHC.
ANTÍGENO T- DEPENDENTE
Um antígeno que requer tanto células B quanto
células T auxiliares para estimular uma resposta de anticorpos. Antígenos
T-independentes são antígenos de proteínas que contêm alguns epítopos reconhecidos
por células T e outros epítopos reconhecidos por células B.
ANTÍGENOS LEUCOCÍTARIOS HUMANOS (HLA)
Moléculas MHC expressas na superfície das células humanas.
ANTISSORO
Soro de um indivíduo previamente imunizado com antígeno
contendo um anticorpo específico para aquele antígeno.
APOPTOSE
Um processo de morte celular caracterizado pela clivagem de DNA,
condensação e fragmentação nuclear e vesiculação da membrana plasmática levando
a fagocitose de fragmentos de células sem induzir uma resposta inflamatória. Este
tipo de morte celular é importante no desenvolvimento de linfócitos, e
manutenção da tolerância aos próprios antígenos.
APRESENTAÇÃO CRUZADA
Um mecanismo pelo qual uma célula dendrítica ativa (ou prima)
uma CTL não imunizada CD8 espécifica para os antígenos de uma terceira célula
(ex, uma célula infectada por vírus ou tumor).a apresentação cruzada ocorre,por
exemplo, quando uma célula infectada (muitas vezes apoptóticas)é ingerida por
uma célula dendrítica e os antígenos microbianos são processados e apresentados
em associação com moléculas de MHC de
classe I , ao contrário da regra geral para antígenos fagocitados, que são
apresentados na associação de moléculas MHC de classe II.
APRESENTAÇÃO DE ANTÍGENOS
Exibição de peptídeos ligados por moléculas de MHC na
superfície de uma APC, que permite o reconhecimento específico por TCR e
ativação de células T.
ARTRITE REUMATOIDE
Uma doença autoimune caracterizada principalmente por lesão
inflamatória das articulações e, por vezes, inflamação dos vasos sanguíneos, pulmões
e outros tecidos.
ASMA BRÔNQUICA
Doença inflamatória provocada por reações imediatas de
hipersensibilidade repetidas no pulmão que leva a obstrução intermitente e
reversível das vias aéreas, inflamação brônquica crônica com eosinófilos, e
hipertrofia celular do músculo liso brônquico e hiperatividade.
ATIVAÇÃOALTERNATIVA DE MACRÓFAGOS
Ativação de macrófagos por IL-4 E IL-13 levando a um
fenótipo anti-inflamatório e reparador tecidual, em contraste com a ativação de
macrófagos de clássica por ligantes interferon-y e TLR.
ATIVAÇÃO CLÁSSICA DE MACRÓFAGOS
Ativação de macrófagos por interferon-y, células Th1 e
ligantes TLR, levando a fenótipos pró-inflamatório e microbicida.
ATIVADORES POLICLONAIS
Agentes que são capazes de ativar muitos clones de linfócitos,
independentemente da sua especificidade de antígeno.
ATOPIA
A propensão de um indivíduo de produzir anticorpos IgE em
resposta a vários antígenos ambientais e desenvolver respostas fortes de hipersensibilidade
imediata(alergia).
AUTOANTICORPOS
Um anticorpo produzido em um indivíduo que é especifico a um
antígeno próprio. Autoanticorpos podem causar danos às células e tecidos e são
produzidos em excesso em doenças sistêmicas autoimunes, tais como o lúpus
eritematoso sistêmico.
AUTOFAGIA
Processo pelo qual uma célula degrada seus próprios
componentes pelo catabolismo lisossômico.
AUTOIMUNIDADE
O estado de resposta do sistema imune adquirido para
autoantígenos que ocorre quando os mecanismos de autotolerância falham.
AUTOTOLERÂNCIA
Não responsividade do sistema imune adaptativo pra antígenos
próprios, em grande parte como resultado da inativação ou morte de linfócitos
autorreativos induzida pela exposição a esses antígenos. A falha da
autotolerância leva a doenças autoimunes.
B
BAÇO
Um órgão linfoide secundário no quadrante superior esquerdo
do abdômen. O baço é o principal local de respostas imunológicas adaptativas a
antígenos provenientes do sangue.
BASÓFILO
Um tipo de granulócito circulante derivado da medula óssea
com semelhanças estruturais e funcionais aos mastócitos que tem grânulos
contendo muitos dos mesmos mediadores inflamatórios como os mastócitos e
expressa um receptor FC de alta afinidade para IgE.
BCR (RECEPTOR CELULAR B)
O receptor antígeno da superfície celular em linfócitos B,
que é uma membrana ligada à molécula de imunoglobulina.
C
C5 CONVERTASE
Um complexo enzimático multiproteico gerado pelo C3b
ligando-se a C3 convertase. A C5 e inicia os passos finais da ativação do
complemento levando a formação do complexo de ataque à membrana e a lise das
células.
CADEIA LEVE DA IMUNOGLOBULINA
Um dos dois tipos de cadeias polipeptídicas em uma molécula
de anticorpo.
CADEIA PESADA DA IMUNOGLOBULINA
Um dos tipos de cadeia polipeptídico em uma molécula de
anticorpo. Cada cadeia pesada é composta de um domínio Ig variável e três ou
quatro domínios Ig constantes. Os diferentes isótipos de anticorpos, incluindo,
IgM, IgD,IgG,IgA,IgE ,são distinguidos
por diferenças estruturais em suas regiões constantes de cadeia pesada.
CAMUNDONGO TRANGÊNICO
Um camundongo que expressa um gene exógeno introduzido no
genoma por meio de injeção de uma sequência de DNA especifica nos pró-núcleos
de ovos fertilizados do camundongo.
CÉLULA PRÉ B
Uma célula B em desenvolvimento presente apenas em tecidos
hematopoiéticos que está em estagio de amadurecimento caracterizado pela
expressão de cadeias pesadas Ig citoplasmática de cadeias leves
substitutas,mas não em cadeias leves :emitem sinais que estimulam ainda mais a
maturação da célula pré B em uma célula
imatura.
CÉLULAS T AUXILIARES (HELPER)
A classe de linfócitos T cuja principal função é ativar
macrófagos em respostas imunes mediadas por células e promover a produção de
anticorpos de células B na resposta
imune humoral.
CÉLULAS TH1
Subconjunto de células T auxiliares CD4+ que secretam um
conjunto específico de citocinas, incluindo IFN-Y e cuja principal função e de
estimular a defesa mediada por fagócitos contra infecções, especialmente com
micro-organismos intracelulares.
CÉLULAS TH2
Um subconjunto funcional de células T auxiliares CD4+ que
secretam um determinado conjunto de citocinas, incluindo IL-4, IL-5, E IL-3 e
cuja função principal é estimular a IgE e a reações imunes mediadas por
eosinófilos/mastócitos.
CÉLULAS-TRONCO
Uma célula indiferenciada que se divide continuamente e dá
origem a outras células–tronco e células de várias linhagens diferentes.
CHOQUE ANAFILÁTICO
Colapso cardiovascular que ocorre no início de uma reação de
hipersensibilidade sistêmica imediata.
CHOQUE SÉPTICO
Uma complicação grave das infecções bacterianas que se espalharam
para a corrente sanguínea (sepse), e são caracterizadas pelo colapso vascular, coagulações
intravasculares disseminados metabólicos.
CITOCINA
Proteínas produzidas por muitos tipos diferentes de células
que medeiam às reações inflamatórias e imunológicas.
CITOTOXIDADE MEDIADAS POR CÉLULAS DEPENDENTES DE ANTCORPOS
(ADCC)
Processo pelo qual as células NK são direcionados para
células revertidas de IgG, resultando na lise das células revertidas por anticorpos.
D
DESVIO
IMUNE
A
conversão de uma resposta de célula T associada a um conjunto de citocinas,
tais como citocinas Th1 que estimulam a imunidade imediada por células, a uma
resposta associada com outras citocinas, tais como as citocinas Th2 que
estimulam a produção de isótipos de anticorpos selecionados.
DETERMINANTE
A
porção específica de um antígeno macro- molecular no qual um anticorpo se liga.
No caso de um antígeno: proteico reconhecido por uma célula T, o determinante é
a porção de peptídeo que se liga a uma molécula de reconhecimento pelo TCR.
Sinônimo de epítopo.
DOENÇA
AUTOIMUNE
Uma
doença causada por um colapso da autotolerância tal que o sistema imune
adquirido responde aos próprios antígenos e medeiam danos celular e tecidual.
Doenças autoimunes podem ser em órgãos específicos (p. ex., tireoidite ou
diabetes) ou sistêmicos v (p. ex., lúpus eritematoso sistêmico).
DOENÇA
DO COMPLEXO IMUNOLÓGICO
Uma
doença inflamatória causada pela deposição de complexo antígeno- anticorpo nas
paredes dos vasos sanguíneos, resultando na ativação do complemento local e
recrutamento de fagócitos-, Complexos imunes podem se formar por causa do
excesso de produção de anticorpos contra antígenos microbianos ou como resultado
da produção de auto-anticorpos no cenário de uma doença autoimune, tal como
lúpus eritematoso sistêmico. A deposição de complexo: imune na membrana basal
capilar especializada de glomérulos renais pode causar glomerulonefrite e
prejudicar a função renal. A deposição sistêmica de complexos imunes nas
paredes arteriais pode causar vasculite, trombose e dano isquêmico a vários
órgãos.
DOENÇA
DO SORO
Uma
doença causada pela injeção de 'grandes doses de um antígeno de proteínas no
sangue e caracteriza-se pela deposição de complexo antígeno- anticorpo
(imunológico) nas paredes dos vasos sanguíneos, especialmente nos rins e
articulações. A deposição de complexos imunológicos leva à fixação de
complemento e recrutamento de leucócitos e, posteriormente, glomerulonefrite e
artrite. A doença do soro foi originalmente descrita como um distúrbio que
ocorria em pacientes que receberam injeções de soro contendo anticorpos
antitoxina para prevenir a difteria.
DOENÇA
INTESTINAL INFLAMATÓRIA (DII)
Um
grupo de transtornos, incluindo a colite ulcerativa e doença de Crohn,
caracterizada por inflamação crônica do trato gastrointestinal. A etiologia da
DII não é conhecida, mas algumas evidências indicam que é causada por uma
regulamentação inadequada das respostas de células T, provavelmente contra
bactérias comensais intestinais. A DII se desenvolve em camundongos com ablação
de genes faltando IL-2, IL-10, ou a cadeia TCR.
DOENÇAS
DE HIPERSENSIBILIDADE
Distúrbios
causados por respostas imunes. Incluem doenças autoimunes, nas quais as
respostas imunes são dirigidas contra antígenos próprios, e doenças que
resultam de respostas descontroladas ou excessivas contra antígenos estranhos,
tais como micro-organismos e alergênicos. O dano tecidual que ocorre nas
doenças de hipersensibilidade é devido aos mesmos mecanismos efetores usados
pelo sistema imunológico para proteger contra os micro-organismos.
E
EDIÇÃO DE RECEPTOR
Um processo pelo qual algumas células B imaturas que reconhecem
antígenos próprios na medula óssea podem ser induzidas a mudar suas
especificidades Ig. A edição de receptores envolve a reativação dos genes RAG, recombinações adicionais de cadeias leves de VJ, e produção
de nova cadeia leve Ig, que permite que a célula expresse um receptor Ig
diferente que não é autorreativo.
ENCEFALOMIELITE AUTOIMUNE
EXPERIMENTAL (EAE)
Um modelo animal de esclerose múltipla, uma doença autoimune
desmielinizante do sistema nervoso central. A EAE é induzida em roedores
através da imunização com componentes da bainha de mielina (p. ex., proteína
básica da mielina) de nervos, misturado com um adjuvante. A doença é mediada em grande parte por células T CD4+ secretoras de citocinas específicas para as proteínas da bainha de
mielina.
ENDOSSOMO
Uma vesícula ligada à membrana intracelular na quais proteínas
extracelulares são internalizadas durante o processamento do antígeno. Os
endossomos têm um pH ácido e contêm enzimas proteolíticas que degradam as
proteínas em peptídeos que se ligam a moléculas de MHC de classe II. Um subtipo
de endossomos ricos em MHC de classe II, chamados MIIC, desempenha um papel
especial no processamento e apresentação de antígenos pela via de classe II.
ENDOTOXINA
Um componente da parede celular de bactérias gram-negativas, também
chamado de lipopolissacarídeo (LPS), liberado de bactérias que estão morrendo e estimula muitas
respostas imunológicas naturais, incluindo a secreção de citocinas, indução de
atividades microbicidas dos macrófagos, e a expressão de moléculas de adesão de leucócitos no endotélio. A endotoxina contém tanto componentes lipídicos quanto meios de carboidratos (polissacarídeos).
EOSINÓFILO
Um granulócito derivado da medula óssea abun- iante nas infiltrações inflamatórias de das reações de última fase de hipersensibilidade imediata
que contribui para muitos dos processos patológicos nas doenças alérgicas. Os
eosinófilos são importantes na defesa contra parasitas extracelulares, incluindo helmintos.
EPÍTOPO
A porção específica de um antígeno macromono qual um anticorpo se liga.
No caso de um antígeno proteico reconhecido por uma célula T, o determinante é a porção de peptídeo que
se liga a uma molécula de MHC para reconhecimento pelo TCR. Sinônimo de determinante.
EXPANSÃO CLONAL
Aumento do número de linfócitos específicos para um antígeno que resulta da estimulação antigênica e
proliferação de células T não imunizadas. A expansão clonal ocorre em tecidos
linfoides e é necessária para gerar linfócitos efetores antígeno específica
suficiente por raros precursores não imunizados para erradicar a infecção.
F
FAGOCITOSE
O processo pelo qual determinadas células do Sistema Imune natural,
incluindo macrófagos e neutrófilos, englobam partículas grandes em diâmetro tais como micro-organismos infectados. A célula envolve a partícula com extensões de sua
membrana plasmática por um processo dependente de energia e do citoesqueleto;
este processo resulta na formação de uma vesícula intracelular denominada
fagossomo, que contém a partícula ingerida.
FAGOSSOMO
Uma vesícula ligada à membrana intracelular micro-organismos ou material particulado
do ambiente extracelular. Fagossomos são formados durante o processo de
fagocitose. Eles se fundem com outras estruturas vesiculares, como os
lisossomos, levando à degradação enzimática do material ingerido.
FATOR ATIVADOR DE PLAQUETAS (PAF)
Um mediador lipídico derivado de fosfolipídios de membrana em diversos
tipos celulares, incluindo mastócitos e células endoteliais. O PAF pode causar
broncoconstrição e dilatação vascular e extravazamento, e pode ser um
importante mediador na asma. Transcrição como a AP-1.
FATOR
NUCLEAR kB (NF-kB)
Uma família de fatores de transcrição composta de homodímeros ou heterodímeros de proteínas
homólogas. Proteínas NF-kB são necessárias para a transcrição induzível de
muitos genes importantes em ambas as respostas imunológicas naturais e
adquiridas.
FASE EFETORA
A fase de uma resposta imune na qual um antígeno é destruído ou
inativado.
FATORES REGULATÓRIOS DE INTERFERON (IRF)
Uma família de fatores de transcrição induzidamente ativados que são importantes na expressão de genes inflamatórios e antivirais.
Por exemplo, o IRF3 é ativado por sinais de TLR e regula a expressão de interferons do tipo I, que são as citocinas que
protegem as células contra a infecção virai.
Fc (FRAGMENTO, CRISTALINO)
Um fragmento proteolítico de IgG que contém somente as regiões carboxi-terminais ligadas por dissulfeto das duas
cadeias pesadas. O Fc também é usado para descrever a região correspondente de
uma molécula de Ig intacta que medeia às funções efetoras através da ligação
aos receptores da superfície celular ou à proteína do complemento Clq.
(Fragmentos Fc recebem esse nome, pois tendem a se cristalizar fora da
solução.)
FEEDBACK DE ANTICORPOS
A baixa regulação da produção de anticorpos por anticorpos IgG secretados
que ocorre quando complexos antígeno-anticorpo envolvem simultaneamente Ig de
membranas de células B e receptores Fcy (FcyRII). Sob essas condições, as
caudas citoplasmáticas dos receptores Fcy traduzem sinais inibitórios no interior
da célula B.
FENDA DE LIGAÇÃO DO PEPTÍDEO
A porção de uma molécula de MHC que liga os peptídeos para apresentação
às células T. A fenda é composta por hélices a emparelhada descansando sobre um
piso composto por uma folha de oito fitas de pregas (3. Os resíduos
polimórficos, que correspondem aos aminoácidos que variam entre os diversos
alelos do MHC, estão localizados nessa fenda e próximos a ela.
FOLÍCULO LINFOIDE
Uma região rica em células B de um linfonodo ou do baço que é o local de
proliferação de célula B induzida por antígeno e diferenciação. Em respostas de
células B dependentes de células T aos antígenos de proteína, um centro
germinativo se forma dentro dos folículos.
FOSFATASE (FOSFATASE PROTEICA)
Uma enzima que remove fosfato de grupos das cadeias laterais de certos
resíduos de aminoácidos das proteínas. Fosfatases proteicas em linfócitos, tais
como CD45 ou calcineurina, regulam a atividade de várias moléculas de transdução de sinal e fatores de transcrição. Algumas fosfatases proteicas podem ser específicas para
resíduos de fosfotirosina e outras para resíduos fosfoserina e fosfotreonina.
G
GENES DE RESPOSTA IMUNOLÓGICA
Originalmente definidos como genes em linhagens puras de roedores que
foram herdadas de uma forma mendeliana dominante e que controlava a habilidade
dos animais para produzir anticorpos contra polipeptídios sintéticos simples.
Agora sabemos que são genes polimórficos que codificam moléculas MHC, que apresentam
peptídeos aos linfócitos T e, portanto, necessárias para a ativação de células
T e respostas de células T auxiliares dependentes de células B (anticorpos) aos antígenos de proteína.
GLOMERULONEFRITE
Inflamação dos glomérulos renais, muitas vezes iniciadas por mecanismos imunopatológicos, tais como
a deposição de complexos antígeno-anticorpo circulante na membrana
basal glomerular ou na ligação de anticorpos contra antígenos
expressos no glomérulo. Os anticorpos podem ativar o complemento e fagócitos, e a
resposta inflamatória resultante pode levar à insuficiência renal.
GRANULOMA
Um nódulo de tecido inflamatório composto por aglomerados de macrófagos ativados e linfócitos T, muitas
vezes com necrose associada e fibrose. Inflamação granulomatosa é uma forma de hipersensibilidade crônica do
tipo tardia, muitas vezes em resposta a micro-organismos persistentes, tais
como Mycobacterium
tuberculosis e alguns fungos, ou em resposta a antígenos particulados que não são
prontamente fagocitados.
H
HELMINTO
Um verme parasita. Infecções por helmintos muitas vezes provocam respostas imune dependentes de Th2
caracterizadas por infiltrado inflamatório ricos em eosinófilos e produção de IgE.
HEMATOPOIESE
O
desenvolvimento de células sanguíneas maduras, incluindo eritrócitos, leucócitos e plaquetas, de células-tronco pluripotentes na medula
óssea e fígado fetal. A hematopoiese é regulada por vários fatores de
crescimento de citocinas diferentes produzidas pelas células do estroma da
medula óssea, células T e outros tipos celulares.
HIPERSENSIBILIDADE IMEDIATA
O tipo de reação imune responsável por doenças alérgicas e dependente de
IgE além de estimulação mediada por antígenos de mastócitos teciduais e
basófilos. Os mastócitos e basófilos liberam mediadores que causam aumento da
permeabilidade vascular, vasodilatação, contração do músculo liso brônquico e visceral e inflamação local.
HLA
Antígenos leucocitários.
HLA-DM
Uma molécula de troca de peptídeo que desempenha um papel crítico na
rota MHC de classe II da apresentação de antígenos. A HLA-DM é encontrada no
compartimento especializado endossomal MIIC e facilita a remoção do peptídeo
CLIP derivado da cadeia invariante e a ligação de outros peptídeos a moléculas MHC de classe II. A HLA-DM é
codificada por um gene no MHC e é estruturalmente semelhante às moléculas de
MHC de classe II. mas não é polimórfica.
HOMEOSTASE
No sistema imunológico adquirido, a manutenção de um número constante e repertório diversificado de linfócitos, apesar do surgimento de novos linfócitos e enorme expansão de clones individuais que podem ocorrer
durante as respostas aos antígenos imunogênicos. A homeostase é obtida por
várias vias reguladas de morte e inativação de linfócitos.
I
IGNORÂNCIA CLONAL
Uma forma de apatia de linfócitos onde antígenos próprios são ignorados
pelo sistema imune, embora os linfócitos específicos para os antígenos
permaneçam viáveis e funcionais.
IMUNIDADE
Proteção contra doenças, geralmente infecciosas, mediadas pelas células
e tecidos que são chamados coletivamente de sistema imunológico. Em um sentido
mais amplo, a imunidade refere-se à capacidade de responder a substâncias
estranhas, incluindo micro-organismos e moléculas não infecciosas.
IMUNIDADE ADQUIRIDA
A forma de imunidade mediada por linfócitos e estimulada pela exposição a agentes infecciosos.
Ao contrário da imunidade natural, a imunidade adquirida é caracterizada por
uma especificidade requintada para macromoléculas distintas e memória, que é a capacidade de responder mais vigorosamente a exposições repetidas
ao mesmo micro-organismo. A imunidade adquirida é também chamada de imunidade
específica ou adaptativa.
IMUNIDADE ATIVA
A forma de imunidade adaptativa que é induzida pela exposição a um
antígeno estranho e ativação de linfócitos, e no qual o indivíduo imunizado
desempenha um papel ativo na resposta ao antígeno. Este tipo contrasta com a
imunidade passiva, na qual um indivíduo recebe anticorpos ou linfócitos de
outro indivíduo que foi previamente imunizado ativamente.
IMUNIDADE DE TUMOR
Proteção contra o desenvolvimento de tumores pelo sistema imunológico.
Embora as respostas imunes a tumores que ocorrem naturalmente podem frequentemente ser demonstradas, a imunidade verdadeira
somente pode ocorrer se um subconjunto desses tumores que expressam antígenos
imunogênicos (p. ex., os tumores causadas por vírus oncogênicos e, portanto,
expressam antígenos virais). Esforços de pesquisa estão em andamento para
melhorar a fraca resposta imune para outros tumores através de uma variedade de
abordagens.
IMUNIDADE HUMORAL
O tipo de resposta imune adaptativa mediada por anticorpos produzidos
por linfócitos B. A imunidade humoral é o principal mecanismo de defesa contra
os micro-organismos extracelulares e suas toxinas.
IMUNIDADE MEDIADA POR CÉLULAS (CMI)
A forma de imunidade adquirida mediada por linfócitos T que serve como
mecanismo de defesa contra micro-organismos que sobrevivem e se replicam dentro de fagócitos ou células não fagocíticas. Respostas CMI incluem a ativação mediata por célula T CD4+ de macrófagos que têm micro-organismos fagocitados e morte
mediada por CD8+CTL de células infectadas.
IMUNIDADE NATURAL
Proteção contra infecção que se baseia em mecanismos existentes antes da
infecção são capazes de uma resposta rápida aos micro-organismos e de reagir
essencialmente do mesmo modo às infecções repetidas. O sistema imunológico
natural inclui barreiras epiteliais, células fagocíticas (neutrófilos,
macrófagos), células NK, o sistema complemento e citocinas, em grande parte
produzida por células dendríticas e fagócitos mononucleares, que regulam e
coordenam muitas das atividades das células da imunidade natural.
IMUNIDADE NEONATAL
Imunidade passiva humoral às infecções em mamíferos nos primeiros meses
de vida, antes do desenvolvimento completo do sistema imunológico. A imunidade
neonatal é mediada por anticorpos produzidos pela mãe transportados através da placenta para a circulação fetal antes do nascimento ou derivados de leite
ingerido e transportados através do epitélio intestinal.
IMUNIDADE PASSIVA
A forma de imunidade a um antígeno que se estabelece em um indivíduo por
transferência de anticorpos ou linfócitos de outro indivíduo que é imune a esse
antígeno. O recebedor de tal transferência pode tomar-se imune àquele antígeno nunca ter sido exposto ou ter apresentado uma resposta a ele.
Um exemplo de imunidade passiva é a transferência de soros humanos contendo
anticorpos específicos para certas toxinas microbianas ou veneno indivíduo previamente não imunizado.
IMUNOFLUORESCÊNCIA
Uma técnica na qual uma molécula é detectada pelo uso de um anticorpo marcado com uma sonda fluorescente. Por
exemplo, na microscopia de imunofluorescência, as células que expressam um
antígeno de superfície específico podem ser marcadas com um anticorpo específico
conjugado de fluoresceína para o antígeno e então serem visualizados com um
microscópio fluorescente.
IMUNÓGENO
Antígeno que induz uma resposta imune. Nem todos os antígenos são imunógenos. Por exemplo, compostos de
pouco peso molecular (haptenos) podem se ligar aos anticorpos, mas não irão estimular uma resposta
imune a menos que estejam ligados a macromoléculas.
IMUNO-HISTOQUÍMICA
Uma técnica para detectar a presença de um antígeno em seções do tecido histológico pelo uso de um anticorpo acoplado a enzima
específico para o antígeno. A enzima converte um substrato incolor em uma
substância colorida insolúvel que precipita no local onde o anticorpo e,
portanto, o antígeno está localizado. A posição do precipitado colorido e,
portanto, do antígeno, na seção de tecido é observada por microscopia de luz convencional. A imuno-histoquímica é uma técnica de rotina em patologia de diagnósticos e vários
campos de pesquisa.
IMUNOPRECIPITAÇÃO
Uma técnica para o isolamento de uma molécula de uma solução ligando-a a
um anticorpo e, em seguida, tornando o complexo antígeno-anticorpo insolúvel,
seja por precipitação com um segundo anticorpo seja por acoplamento do primeiro anticorpo a uma partícula
insolúvel ou grânulo.
IMUNOSSUPRESSÃO
A inibição de um ou mais componentes do sistema imunológico inato ou
adaptativo como resultado de uma doença subjacente ou intencionalmente induzida
por fármacos com a finalidade de prevenir ou tratar a rejeição do enxerto ou
doença autoimune.
IMUNOTERAPIA
O tratamento de uma doença com agentes terapêuticos que promovem ou
inibem as respostas.
INFLAMAÇÃO
Reação complexa do tecido vascularizado a infecção, exposição a toxinas, ou dano
celular que envolve o acúmulo extravascular de proteínas plasmáticas e leucócitos. A inflamação aguda é
um resultado comum da resposta imune inata, e respostas imunológicas adquiridas
locais também podem promover a inflamação. Embora a inflamação tenha uma função protetora no controle de infecções e promova a reparação tecidual, também pode causar danos nos tecidos e
doença.
IMUNOFLUORESCÊNCIA
Uma técnica pelo qual uma molécula é detectada pelo uso de um anticorpo marcado com uma sonda fluorescente.
INTEGRINAS
Proteínas heterodiméricas de superfície das células, cuja principal função é mediar a adesão de leucócitos a outros leucócitos, células endoteliais e proteínas da matriz extracelular. As integrinas são importantes para as interações de células T com APCs e para a migração dos leucócitos do sangue para os tecidos. A afinidade de fixação do ligante das integrinas pode ser regulada por vários estímulos, e os domínios
citoplasmáticos das integrinas se ligam ao citoesqueleto.
INTERFERONS
Um
subgrupo de citocinas originalmente
nomeado por sua capacidade de interferir com infecções virais, mas que têm outras funções imunomoduladores importantes. Interferons tipo I incluem interferon-a e interferon-P, cuja principal função é
antiviral; interferon tipo II, também chamado de interferon-y, que ativa macrófagos e
vários outros tipos de células.
INTERLEUCINAS
Qualquer elemento de um grande número de citocinas cujo nome contém um sufixo numérico aproximadamente sequencial para a descoberta ou a caracterização molecular (p. ex.,
interleucina-1, interleucina-2). Algumas citocinas foram originalmente nomeadas pelas suas atividades biológicas e não tem
uma designação de interleucina.
ISÓTIPO
Um dos cinco tipos de anticorpos, determinado por qual das cinco
formas diferentes de cadeia pesada está presente. Isótipos de anticorpos incluem IgM, IgD, IgG, IgA e IgE, e cada isótipo executa um conjunto diferente de funções efetoras. Variações estruturais
adicionais caracterizam subtipos distintos de IgG e IgA.
L
LECTINA DE LIGAÇÃO DE MANOSE (MBL)
Uma proteína plasmática que se liga à resíduos de manose em paredes celulares bacterianas e age como um opsonina promovendo a
fagocitose da bactéria pelos macrófagos. Os macrófagos expressam um receptor de
superfície para Clq que também pode vincular MBL e mediar a captação dos organismos opsonizadas.
LEISHMANIA
Um protozoário parasita intracelular obrigatório que infecta macrófagos e pode causar
uma doença inflamatória crônica que envolve muitos tecidos. As respostas de TH1
a Leishmania major e produção de IFN-y associado controlam a infecção enquanto
as respostas de TH2 com a produção de IL-4 levam a doença letal
disseminada.
LEUCEMIA
Uma doença maligna de precursores da medula óssea de células do sangue na qual um grande número de células
leucêmicas geralmente ocupa a medula óssea e, muitas vezes, circula na corrente
sanguínea. Leucemias linfocíticas são derivadas de precursores de células B ou T, leucemias mieloide são derivadas de precursores de granulócitos ou monócitos, e leucemias eritroides são derivadas de precursores de hemácias.
LINFÓCITO B
O único tipo de célula capaz de
produzir moléculas de anticorpos e, portanto, é o mediador da resposta imune
humoral. Linfócitos B ou células B se desenvolvem na medula óssea, e células B
maduras são encontradas principalmente nos folículos linfoides em tecidos
linfoides secundários, na medula óssea, e em baixo número na circulação.
LINFÓCITOS DE MEMÓRIA
Células T e B de memória são
produzidas pela estimulação antigênica de linfócitos não imunizados e
sobrevivem em um estado funcionalmente inativo por muitos anos após o antígeno
ser eliminado. Os linfócitos de memória medeiam as respostas rápidas e
avançadas (ou seja, memória ou recall)
às segundas e subsequentes exposições a antígenos.
LINFÓCITOS INTRAEPIDÉRMICOS
Linfócitos T encontrados dentro da
camada epidérmica da pele.
LINFÓCITO T
Componente chave das respostas imunes mediadas por células no sistema
imune adaptativo. Linfócitos T amadurecem no Timo.
LINFÓCITOS T CITOTÓXICOS (OU CITOLÍTICOS) (CTL)
Um tipo de linfócito T cuja principal
função efetora é a de reconhecer e matar células do
hospedeiro infectadas com vírus ou outros micro-organismos
intracelulares. CTLs normalmente expressam CD8 e
reconhecem peptídeos microbianos exibidos por moléculas MHC de classe I. A morte
de células infectadas por CTL envolve a liberação de
grânulos citoplasmáticos cujos conteúdos incluem enzimas que iniciam a apoptose
da célula infectada e proteínas que facilitam a entrada
dessas enzimas nas células-alvo.
LINFÓCITO VIRGEM (NAIVE)
Um linfócito B ou T maduro que não
encontrou previamente um antígeno.
Quando linfócitos não imunizados são
estimulados por antígenos.
LINFOMA
Um tumor maligno dos linfócitos B ou T
geralmente decorrentes e se espalhando entre os tecidos linfoides, mas que pode
se espalhar para outros tecidos. Linfomas geralmente expressam características
fenotípicas dos linfócitos normais de onde foram derivados.
LINFONODO
Pequenos agregados nodulares
encapsulados de tecidos ricos em linfócitos situados ao longo dos canais
linfáticos por todo o corpo, onde respostas imunológicas adquiridas a antígenos
trazidos pela linfa são iniciadas.
LISOSSOMO
Uma organela ácida ligada à membrana, abundante em
células fagocíticas, que contém enzimas proteolíticas que
degradam proteínas provenientes tanto do ambiente extracelular quanto de dentro
da célula. Os lisossomos estão envolvidos na via MHC de classe
II do processamento de antígeno.
M
MACRÓFAGO
Uma célula fagocitária de base
tecidual derivada de monócitos do sangue que desempenha um papel importante nas
respostas imunológicas naturais e adquiridas. Os macrófagos são ativados por
produtos microbianos, tais como endotoxinas e por citocinas de células T, tais como IFN-y.
Macrófagos ativados fagocitam e matam os micro-organismos, secretam
citocinas pró-inflamatórias e apresentam
antígenos nas células T auxiliares. Macrófagos podem assumir diferentes formas
morfológicas em diferentes tecidos, incluindo a microglia do sistema nervoso central, células
de Kupffer no fígado, macrófagos alveolares no
pulmão, e os osteoclastos no osso.
MATURAÇÃO DE AFINIDADE
O processo que leva ao aumento da
afinidade de anticorpos para um antígeno específico como uma progressão de
resposta humoral. A maturação de afinidade ocorre em centros germinativos dos
tecidos linfoides e é o resultado da mutação somática de genes Ig, seguida de sobrevivência seletiva
das células B que produzem os anticorpos com maior afinidade.
MATURAÇÃO DE LINFÓCITOS
O processo pelo qual células pluripotentes estaminais da medula óssea se
desenvolvem em linfócitos T ou B virgens maduros, expressando receptor de
antígenos que povoam os tecidos linfoides periféricos. Este processo ocorre em
ambientes especializados da medula óssea (para células B) e timo (para células
T).
MEDULA ÓSSEA
A cavidade central do osso que é o
local da geração de todas as células sanguíneas circulantes dos adultos,
incluindo os linfócitos imaturos, e o local de desenvolvimento das células B.
MEMÓRIA
A propriedade do sistema imunológico
adquirido de responder mais rapidamente, com maior magnitude, e de forma mais
eficaz a uma exposição repetida a um antígeno em comparação com a resposta à
primeira exposição.
MIELOMA MÚLTIPLO
Um tumor maligno das células B
produtoras de anticorpos, que muitas vezes secreta Igs ou partes de moléculas de Ig. Os anticorpos monoclonais produzidos
por mielomas múltiplos eram críticos no início das
análises bioquímicas da estrutura do anticorpo.
MIGRAÇÃO DE LINFÓCITOS
O movimento de linfócitos do fluxo de
sangue para os tecidos periféricos.
MIMETISMO MOLECULAR
Um mecanismo postulado de autoimunidade desencadeado por uma infecção com uma
bactéria que contém antígenos que reagem de forma cruzada com antígenos
próprios. As respostas imunes ao micro-organismo resultam em reações contra os
próprios tecidos.
MODIFICADORES DA RESPOSTA BIOLÓGICA
Moléculas, tais como citocinas, usadas clinicamente como moduladores
de imunidade, inflamação e hematopoiese.
MOLÉCULA DE ADESÃO
Uma molécula de superfície celular,
cuja função é promover a interação adesiva com outras células ou matriz
extracelular. Os leucócitos expressam vários tipos de moléculas de adesão, tais
como selectinas, integrinas e membros da superfamília Ig; estas moléculas desempenham um papel
crucial na migração celular e ativação celular em respostas imunes naturais e
adquiridas.
MOLÉCULA DE CLASSE I DO COMPLEXO PRINCIPAL
DE HISTOCOMPATIBILIDADE (MHC)
Uma de duas formas de proteínas de
membrana heterodiméricas polimórficas que ligam e exibem
fragmentos de peptídeos de antígenos de proteína na superfície das APC para
reconhecimento pelos linfócitos T. As moléculas MHC Classe I normalmente exibem
peptídeos derivados do citoplasma da célula.
MOLÉCULA DE CLASSE II DO COMPLEXO PRINCIPAL
DE HISTOCOMPATIBILIDADE (MHC)
Uma de duas principais classes de
proteínas de membrana heterodiméricas polimórficas que ligam e exibem
fragmentos de peptídeos de antígenos de proteína na superfície das APCs para reconhecimento pelos linfócitos
T. As moléculas MHC de classe II geralmente exibem peptídeos derivados de
proteínas extracelulares que são internalizadas em vesículas fagocíticas ou endocíticas.
MOLÉCULA DO COMPLEXO PRINCIPAL DE
HISTOCOMPATIBILIDADE (MHC)
Uma proteína de membrana heterodimérica codificada no lócus MHC que serve
como uma molécula de mostra de peptídeo para reconhecimento pelos linfócitos T.
Existem dois tipos estruturalmente distintos de moléculas de MHC. Moléculas de
MHC de classe I estão presentes na maioria das células nucleadas, ligam
peptídeos derivados de proteínas citosólicas, e são reconhecidas por células T CD8+.
Moléculas MHC classe II estão restritas principalmente às células dendríticas, macrófagos e linfócitos B, ligam
peptídeos derivados de proteínas endocitosadas e são reconhecidas por células T CD4+.
P
PROTEÍNA C-REATIVA (CRP)
Um membro da família pentraxina de proteínas plasmáticas envolvido na
resposta imunológica natural a infecções bacterianas. A CRP é um reagente de
fase aguda e se liga à cápsula da bactéria pneumocócica. A CRP também se liga
ao Clq e pode, assim, ativar o complemento
ou agir como um opsonina, interagindo com os receptores dos fagócitos Clq.
PROTOZOÁRIO
Organismos unicelulares eucariontes,
muitos dos quais são parasitas humanos e causam doenças. Exemplos de
protozoários patogênicos incluem Entamoeba histolytica,
que causa a disenteria amebiana; Plasmodium, causador
da malária; e Leishmania, causador da leishmaniose. Os
protozoários estimulam ambas as respostas imune natural e adaptativa. Tem sido
difícil desenvolver vacinas eficazes contra muitos destes organismos.
Q
QUIMIOTAXIA
Movimento de uma célula dirigida por
um gradiente de concentração química. O movimento de linfócitos, leucócitos polimorfonucleares, monócitos e outros leucócitos para
diversos tecidos muitas vezes é dirigido por gradientes de citocinas de baixo peso molecular chamada quimiocinas.
R
RADIOIMUNOENSAIO
Um método imunológico altamente
sensível e específico para quantificar a concentração de um antígeno em uma
solução que depende de um anticorpo marcado radioativamente específico para o antígeno.
Normalmente, dois anticorpos específicos para o antígeno são usados. O primeiro
anticorpo não é marcado, mas ligado a um suporte sólido, onde se liga e
imobiliza o antígeno cuja concentração está sendo determinada. A quantidade de
segundos anticorpos marcados que se ligam ao antígeno imobilizado, conforme
determinado por detectores de decaimento radioativo, é
proporcional à concentração de antígeno na solução teste.
REAÇÃO À PÁPULA E CALOR
Inchaço local e vermelhidão na pele no
local de uma reação de hipersensibilidade imediata. A pápula reflete o aumento
da permeabilidade vascular, e o calor resulta do aumento do fluxo sanguíneo
local, ambas as mudanças resultantes de mediadores tais como a histamina
liberada a partir de mastócitos dérmicos ativados.
REAÇÃO ARTHUS
A forma localizada de vasculite
experimental mediada por imunocomplexos induzida pela injeção de um antígeno
por via subcutânia em um animal previamente imunizado ou
um animal que tenha recebido anticorpo específico para o antígeno por via
intravenosa.
REGIÃO HIPERVARIÁVEL
Segmentos curtos de cerca de 10
resíduos de aminoácidos dentro das regiões variáveis de anticorpo ou proteínas
TCR que formam estruturas de loop que contata o antígeno. Três loops hipervariáveis, também chamados de CDRs, estão presentes em cada cadeia
pesada e cadeia leve de anticorpos e em cada cadeia TCR. A maior parte da
variabilidade entre os diferentes anticorpos ou TCRs está localizada dentro desses loops.
REAÇÃO DE FASE TARDIA
Um componente da reação de
hipersensibilidade imediata que se segue 2 a 4 horas após a desgranulação de
mastócitos e que se caracteriza por um infiltrado inflamatório de eosinófilos,
basófilos, neutrófilos e linfócitos. Ataques repetidos desta reação
inflamatória de fase tardia podem causar danos aos tecidos.
REAÇÃO EM CADEIA DA POLIME (PCR)
Um método rápido de copiar e amplificar sequências
específicas de DNA até cerca de 1 kb de comprimento que é amplamente
utilizado como uma técnica preparativa e analítica em todos os ramos da
biologia molecular. O método baseia-se no uso de primeiros oligonucleotídios curtos complementares às sequências
nas extremidades do DNA a ser amplificado e envolve ciclos repetitivos de
fusão, reaquecimento e síntese de DNA.
REAÇÃO LEUCOCITÁRIA MISTA (MLR)
Uma
reação in vitro de células T alorreativas de um indivíduo contra antígenos MHC
em células sanguíneas de outro indivíduo. A MLR envolve proliferação e secreção
de citocinas tanto por células T CD4+
quanto CD8+
REAÇÕES CRUZADAS
Um teste de triagem realizado para
minimizar as chances de rejeição do enxerto onde o paciente que precisa de um
enxerto é testado para a presença de anticorpos pré-formados contra antígenos
do doador da superfície celular (normalmente antígenos MHC). O teste consiste
em misturar o soro do destinatário com leucócitos de doadores potenciais,
acrescentando complemento e observando se ocorre a lise celular.
REAÇÕES DE TRANSFUSÃO
Uma reação imunológica contra a transfusão
de hemoderivados, geralmente mediada por anticorpos pré-formados no receptor
que se ligam aos antígenos das células do doador de sangue, tais como antígenos
do grupo sanguíneo ABO ou antígenos de histocompatibilidade. Reações transfusionais podem levar à lise intravascular das
células vermelhas do sangue e, em casos graves, danos nos rins, febre, choque e
coagulação intravascular disseminada.
REAGENTES DE FASE AGUDA
Proteínas, sintetizadas principalmente
no fígado, cujas concentrações plasmáticas aumentam logo após a infecção como
parte da síndrome de resposta inflamatória sistêmica. Exemplos incluem a
proteína C-reativa, o fibrinogênio e a proteína amiloide
A sérica. A síntese hepática destas moléculas é regulada por citocinas inflamatórias, especialmente IL-6 e
TNF. Os reagentes de fase aguda têm várias funções na resposta imune natural
aos micro-organismos.
RECEPTOR DE CÉLULA PRÉ-T
Um receptor expresso na superfície das
células pré-T composto da cadeia [3 do TCR e uma
proteína invariante pré-Ta. Este receptor se associa a CD3 e
moléculas para formar o complexo receptor de células pré-T. A função deste complexo é semelhante
a do receptor de células pré-B no desenvolvimento de células B, ou
seja, a entrega de sinais que estimulam a proliferação, rearranjos do gene do
receptor de antígeno, e outros eventos de maturação. Não se sabe se o receptor
de células pré-T liga um ligante específico.
RECEPTOR DE CÉLULA T (TCR)
O receptor de antígeno clonalmente distribuídos em linfócitos T CD4+
e CD8+ que reconhece complexos de peptídeos estranhos ligados a automoléculas de MHC na superfície das APCs. A forma mais comum de TCR é composta
por um heterodímero de duas cadeias polipeptídicas transmembrana ligadas por pontes dissulfeto, chamadas de a e p, cada uma contendo
um domínio N-terminal variável (V) semelhante à Ig, um domínio constante (C) semelhante à
Ig, uma região transmembrana hidrofóbica e uma pequena região
cito- plasmática. (Outro tipo menos comum de TCR, composto de cadeias y
e oito, é encontrado em um pequeno subtipo de células T e reconhece diferentes
formas de antígeno.)
RECEPTOR DE Fc
Um receptor de superfície celular
específico para a região carboxiterminal constante de uma molécula de Ig. Os receptores Fc são tipicamente complexos de proteína
multicadeia que incluem componentes de
sinalização e componentes de ligação Ig. Existem diversos tipos de receptores
Fc, inclusive aqueles específicos para
diferentes isótipos IgG, IgE e IgA. Receptores Fc medeiam muitas das funções efetoras
dependentes de células de anticorpos, incluindo a fagocitose de antígenos
ligados a anticorpos, ativação de células NK.
REGIÃO CONSTANTE (C)
A parte das cadeias
polipeptídicas Ig ou TCR que não varia em sequência entre
diferentes clones e não está envolvida na ligação de antígeno.
REGIÃO DE ROTAÇÃO
Uma região de cadeias
pesadas Ig entre os dois primeiros domínios constantes que podem
assumir múltiplas conformações, e, portanto, transmitir flexibilidade na
orientação dos dois locais de ligação de antígeno. Por causa da região de
rotação, uma molécula de anticorpo pode ligar simultaneamente
dois epítopos que estão em qualquer lugar dentro de uma faixa de
distâncias um do outro.
REGIÃO DETERMINANTE DE COMPLEMENTARIDADE (CDR)
Segmentos curtos de proteínas Ig e
TCR contendo a maioria das diferenças de sequências entre diferentes
anticorpos ou TCRs e que fazem contato com o antígeno; também chamada
de regiões.
REGIÃO VARIÁVEL
A região extracelular,
N-terminal de uma cadeia Ig pesada ou leve ou uma cadeia TCR a, (três,
y ou oito, que contém sequências de aminoácidos variáveis que diferem
entre cada clone de linfócitos e que são responsáveis pela
especificidade para o antígeno. As sequências de ligação de antígenos
variáveis estão localizadas em estruturas de loop estendidas ou
segmentos hipervariáveis.
REGULADOR AUTOIMUNE (AIRE)
Uma proteína que funciona para
estimular a expressão de antígenos de proteína periférica tecidual em células
epiteliais tímicas. Mutações no gene AIRE em humanos
e camundongos levam a doenças autoimunes tecido-específicas
por causa de expressão defeituosa de antígenos teciduais no timo e
incapacidade de eliminar células T específicas para esses antígenos.
REJEIÇÃO HIPERAGUDA
Uma forma de rejeição
de aloenxerto ou xenenxerto que começa em minutos a horas
após o transplante e é caracterizada pela oclusão trombótica de vasos
do enxerto. A rejeição hiperaguda é mediada por anticorpos preexistentes na
circulação do hospedeiro que se ligam aos antígenos endoteliais do doador, tais
como antígenos do grupo sanguíneo ou moléculas MHC, e ativam o sistema
complemento.
REPERTÓRIO DE ANTICORPOS
O conjunto de
diferentes especificidades de anticorpos expresso em um indivíduo.
REPERTÓRIO DE LINFÓCITOS
A coleção completa de
receptores de antígeno e, portanto, as especificidades de antígenos expressas
pelos linfócitos B e T de um indivíduo.
RESÍDUOS ÂNCORA
Resíduos de aminoácidos de um
peptídeo cujas cadeias laterais cabem em bolsos na fenda de ligação peptídica
de uma molécula de MHC. As cadeias laterais se ligam a
aminoácidos complementares na molécula de MHC e, portanto, servem
para ancorar o peptídeo na fenda da molécula de MHC.
RESPOSTA DE FASE AGUDA
O aumento nas concentrações
plasmáticas de diversas proteínas, chamadas de reagentes de fase
aguda, que ocorre como parte da resposta imune natural inicial às infecções.
RESPOSTA IMUNE PRIMÁRIA
Uma resposta imune adaptativa
que ocorre após a primeira exposição de um indivíduo a um antígeno estranho.
Respostas primárias são caracterizadas por uma cinética relativamente
lenta e uma magnitude pequena em comparação com as respostas depois de uma
segunda exposição ou exposição subsequente.
RESPOSTA IMUNE SECUNDÁRIA
Uma resposta imune adaptativa
que ocorre na segunda exposição a um antígeno. Uma resposta secundária é
caracterizada por uma cinética mais rápida e de maior magnitude em
relação à resposta imunológica primária, que ocorre na primeira exposição.
RESPOSTA IMUNOLÓGICA
Resposta coletiva e coordenada
à introdução de substâncias estranhas em um indivíduo, mediada pelas células e
moléculas do sistema imunológico.
RESTRIÇÃO MHC
A característica de linfócitos
T de reconhecerem um antígeno peptídeo estranho apenas quando ele está
vinculado a uma forma alélica específica de uma molécula de MHC.
RESTRIÇÃO DE MHC PRÓPRIO
A limitação (ou restrição) de
células T de reconhecer antígenos apresentados por moléculas MHC que a célula T
encontrou durante a maturação no timo (e, portanto, vê como
pertencentes a elas).
S
SELEÇÃO
NEGATIVA
O
processo pelo qual os linfócitos em desenvolvimento que expressam receptores de
antígeno autorreagentes são eliminados, contribuindo assim para a manutenção da
autotolerância. A seleção negativa de desenvolvimento de linfócitos T
(timócitos) é mais bem compreendida e envolve a ligação de alta avidez de um
timócito às moléculas MHC próprias com peptídeos ligados em APCs do timo,
levando à morte apoptótica do timócito.
SELEÇÃO POSITIVA
O processo pelo qual o desenvolvimento de
células T no timo (timócitos) cujos TCRs se ligam a moléculas MHC próprias que são
resgatadas da morte celular programada, enquanto timócitos cujos receptores não
reconhecem a moléculas MHC próprias morrem por padrão. A seleção positiva
garante que as células T maduras são restritas por MHC próprio e que as células
TCD8+ são específicas para complexos de peptídeos com moléculas MHC de classe I
e células T CD4+ para complexos de peptídeos com moléculas MHC de classe II.
SELECTINA
Qualquer uma das três proteínas independentes,
mas intimamente relacionadas com as proteínas ligantes de carboidratos que
medeiam à adesão de leucócitos às células endoteliais.
SENSIBILIDADE DE CONTATO
A propensão de uma reação de hipersensibilidade
mediada por células T do tipo atrasada de se desenvolver na pele em contato com
um agente químico específico. Produtos químicos que provocam hipersensibilidade
de contato ligam e modificam as proteínas ou moléculas próprias na superfície
das APCs, que são reconhecidos pelas células T CD4+ ou CD8+.
SOROCONVERSÃO
A produção de anticorpos específicos detectáveis
no soro para um micro-organismo durante o curso de uma infecção ou em resposta
à imunização.
SINDROME DE LINFÓCITO NUS
Uma doença da imunodeficiência caracterizada
pela falta de expressão de moléculas MHC de classe II que leva a defeitos na
apresentação antígenos e na imunidade mediada por células.
SÍNDROME DO CHOQUE TÓXICO
Uma doença aguda caracterizada por choque, esfoliação
da pele, conjuntivite, diarreia e que está associada ao uso de tampões e
causada pelo superantígeno Staphylococcus aureus.
SISTEMA IMUNOLÓGICO
As moléculas, células, tecidos e órgãos que
funcionam coletivamente para fornecer a imunidade, ou proteção contra
organismos estranhos.
SISTEMA IMUNOLÓGICO DA MUCOSA
Uma parte do sistema imunológico que responde e
protege contra os micro-organismos que entram no organismo através das mucosas,
como o trato gastrointestinal e respiratório, mas também mantém a tolerância
para organismos comensais que vivem do lado de fora do epitélio da mucosa. O
sistema imune da mucosa é composto de tecidos linfoides associados à mucosa
organizados, tais como placas de Peyer, bem como células difusamente
distribuídas dentro da lâmina própria.
SISTEMA LINFÁTICO
Um sistema de vasos por todo o corpo que recolhe
fluido tecidual chamado linfa, originalmente proveniente do sangue, e o
devolve, através do ducto torácico, na circulação. Os linfonodos são
intercalados ao longo destes vasos e capturam e retêm os antígenos presentes na
linfa.
SORO
O líquido livre de células que permanece quando
o sangue ou plasma forma um coágulo. Os anticorpos no sangue são encontrados na
fração de soro.
SOROLOGIA
O estudo dos anticorpos do sangue (soro) e suas
reações com antígenos. O termo sorologia é usado frequentemente para se referir
ao diagnóstico de doenças infecciosas através da detecção de anticorpos
específicos de micro-organismos no soro.
SUPERANTÍGENOS
Proteínas que se ligam e ativam todas as células
T em um indivíduo que expressam um conjunto particular ou família de genes Vp
TCR. Superantígenos são apresentados às células T ligando-se a regiões não
polimórficas de moléculas MHC classe II em APCs, e interagem com regiões
conservadas de domínios TCR Vp. Várias enterotoxinas estafilocócicas são
superantígenos. Sua importância está na capacidade de ativar muitas células T,
o que resulta em grandes quantidades de produção de citocinas e uma síndrome
clínica semelhante ao choque séptico.
T
TETRÂMERO MHC
Um reagente usado para identificar e enumerar as
células T que reconhecem um complexo MHC peptídeo especítico. O reagente
consiste em quatro moléculas MHC (geralmente classe I) recombinantes e
biotiniladas, ligadas a uma molécula avidina marcada com fluorocromo e
carregada com um peptídeo. Células T que se ligam ao tetrâmero MHC podem ser
detectadas por citometria de fluxo.
TIMO
Órgão bilobado situado no mediastino anterior, o
local de maturação de linfócitos T de precursores derivados da medula óssea. O
tecido tímico é dividido em um córtex externo e uma medula interna e contém
células epiteliais estromais tímicas, macrófagos, células dendríticas e
numerosos precursores de células T (timócitos) em vários estágios de maturação.
TIMÓCITO
Um precursor de um linfócito T maduro presente
no timo.
TIPAGEM DE TECIDO
A determinação de alelos MHC específicos
expressos por um indivíduo com o propósito de combinar os doadores e receptores
de aloenxerto. A tipagem de tecido, também chamada de tipagem HLA, é geralmente
feita por sequenciamento molecular (baseado em PCR) dos alelos HLA, ou por
métodos sorológicos (lise das células do indivíduo por painéis de anticorpos
anti-HLA).
TOLERÂNCIA
Não responsidade do sistema imune adaptativo
para antígenos, como resultado da inativação ou morte de linfócitos
autorreativos induzida pela exposição a esses antígenos. A tolerância a
antígenos próprios é uma característica normal do sistema imunológico
adaptativo, mas a tolerância a antígenos estranhos pode ser induzida sob certas
condições de exposição ao antígeno.
TOLERÂNCIA CENTRAL
Uma forma de autotolerância induzida em órgãos
linfoides generativos (centrais) como consequência de linfócitos autorreativos
imaturos reconhecendo antígenos próprios e, posteriormente, levando à sua morte
ou inativação. A tolerância central impede o aparecimento de linfócitos com
receptores de alta afinidade para antígenos próprios que se expressam na medula
óssea ou timo.
TOLÉROGENO
Um antígeno que induz tolerância imunológica, em
contraste a um imunógeno que induz uma resposta imune.
TRANSFERÊNCIA ADOTIVA
O processo de transferência de linfócitos de um
indivíduo, geralmente imunizado, a outro. A transferência adotiva é usada em
pesquisas para definir o papel de uma determinada população celular (p. ex„ as
células T) em uma resposta imune. Clinicamente, a transferência adotiva de
linfócitos T reativos a tumor é usada na terapia experimental de câncer.
TRANSFUSÃO
Transplante de células sanguíneas, plaquetas, ou
plasma circulantes de um indivíduo para outro. Transfusões são realizadas para
tratar a perda de sangue por hemorragia ou para tratar uma deficiência em um ou
mais tipos de células sanguíneas resultantes da produção inadequada ou excesso
de destruição.
TRANSPLANTE
O processo de transferência de células, tecidos
ou órgãos (p. ex., enxertos) de um indivíduo para outro ou de um local para
outro no mesmo indivíduo.
TRANSPLANTE DE MEDULA ÓSSEA
Transplante de medula óssea, incluindo as
células-tronco que dão origem a todas as células sanguíneas maduras e
linfócitos; é realizado clinicamente no tratamento de distúrbios
hematopoiéticos ou linfopoiéticos e doenças malignas, e também é usado em
diversos experimentos imunológicos em animais. Usada como sinônimo de
transplante hematopoiético de células-tronco.
TRANSPORTADOR ASSOCIADO AO PROCESSAMENTO DE
ANTÍGENOS (TAP)
Um transportador peptídico dependente de
trifosfato de adenosina (ATP) que medeia o transporte ativo de peptídeos do
citosol para o local de reunião de moléculas MHC de classe I no interior do
retículo endoplasmático. TAP é uma molécula heterodimérica composta de
polipeptídios TAP-1 e TAP-2, ambos codificados por genes no MHC. Como os
peptídeos são necessários para a montagem estável de moléculas MHC de classe I,
animais com deficiência em TAP expressam poucas moléculas MHC de classe I na
superfície celular, o que resulta na redução do desenvolvimento e ativação de
células T CD8+.
U
URTICÁRIA
Inchaço localizado transitório e vermelhidão da
pele causada por vazamento de fluido e proteínas plasmáticas de pequenos vasos
na derme durante uma reação de hipersensibilidade imediata.
V
VACINA
Uma preparação de antígenos microbianos, muitas
vezes combinados com adjuvantes, que é administrada aos indivíduos para induzir
uma imunidade protetora contra infecções microbianas. O antígeno pode estar na
forma de micro-organismos vivos não virulentos, micro-organismos mortos,
componentes macromoleculares purificados de um micro-organismo, ou um plasmídeo
que contém a codificação do DNA complementar de um antígeno microbiano.
VACINA DE VÍRUS VIVO
Uma vacina composta de uma forma viva, mas não
patogênica (atenuada) de um vírus. Vírus atenuados carregam mutações que
interferem com o ciclo de vida virai ou patogênese. Como as vacinas de vírus
vivos infectam as células do destinatário, elas podem efetivamente estimular
respostas imunes, tais como a resposta de CTL, que são ideais para a proteção
contra infecção virai do tipo selvagem. Uma vacina de vírus vivo comumente
usado é a vacina Sabin.
VACINA SINTÉTICA
Vacinas compostas de antígenos derivados de DNA
recombinante. Vacina sintética para o vírus da hepatite B e vírus herpes
simplex está agora em uso.
VÊNULAS ENDOTELIAS ALTAS (HEVs)
Vênulas especializadas que são os locais de
migração de linfócitos do sangue para o estroma de um linfonodo periférico ou
tecido linfoide da mucosa. As HEVs são revestidas por células endoteliais
cheias que se projetam para o lúmen do vaso e expressam adesão única a
moléculas envolvidas na ligação de células T não imunizadas.
VIA ALTERNATIVA DE ATIVAÇÃO DO COMPLEMENTO
Uma via independente de anticorpos de ativação
do sistema de complemento que ocorre quando a proteína C3b se liga à superfície
das células microbianas. A via alternativa é um componente do sistema imune
natural e medeia a resposta inflamatória a infecção bem como a lise direta de
micro-organismo.
VIA CLÁSSICA DE ATIVAÇÃO DO COMPLEMENTO
A via de ativação do sistema de complemento
iniciada pela ligação de complexos antígeno-anticorpo à molécula Cie induz uma
cascata proteolítica envolvendo múltiplas outras proteínas de complemento. A
via clássica é um braço efetor do sistema imune humoral que gera mediadores inflamatórios,
opsoninas para a fagocitose de antígenos, e complexos líticos que destroem as
células.
VIA DE LECTINA DA ATIVAÇÃO DO COMPLEMENTO
Uma via de ativação de complemento ativada na
ausência de anticorpos, pela ligação de polissacarídeos microbianos às lectinas
circulando corno MBL. O MBL é estruturalmente semelhante ao Clq e ativa o
complexo enzimático Clr-Cls (como Clq) ou ativa outra serina esterase, chamada
de serina estearase associada à proteína de ligação de manose. As etapas
restantes da via da lectina, começando com a clivagem de C4, são os mesmos que
na via clássica.
VIGILÂNCIA IMUNOLÓGICA
De uma função fisiológica do sistema imunológico
é para reconhecer e destruir clones de células transformadas antes que elas se
transformem em tumores e de matar os tumores depois de já formados. O termo
vigilância imunológica é às vezes usado de maneira geral para descrever a
função de linfócitos T para detectar e destruir qualquer célula, não
necessariamente uma célula de tumor, que estiver expressando antígenos
estranhos (p. ex., micro-organismos).
VÍRUS DA IMUNODEFICIÊNCIA HUMANA (HIV)
O agente etiológico da AIDS. O HIV é um retrovírus
que infecta uma variedade de tipos de células, incluindo células T auxiliares
expressando CD4, macrófagos e células dendríticas, e causa destruição crônica
progressiva do sistema imunológico.
VÍRUS DA IMUNODEFICIÊNCIA SÍMIA
Um lentivírus estreitamente relacionado ao
HlV-Pque' causa uma doença semelhante à AIDS em macacos.
W
WESTERN BLOTTING
Uma técnica imunológica para determinar a
presença de uma proteína em uma amostra biológica. O método envolve a separação
de proteínas na amostra através de eletroforese, transferência de proteínas do
gel de eletroforese para uma membrana de suporte por ação capilar (blotting) e,
finalmente, a detecção da proteína de ligação de um anticorpo marcado
radioativa ou enzimaticamente específico para essa proteína.
Z
ZONA MARGINAL
Uma região periférica de folículos linfoides esplênicos
contendo macrófagos, que são particularmente eficientes na captura de antígenos
polissacarídeos. Tais antígenos podem persistir por longos períodos nas superfícies
dos macrófagos da zona marginal, onde eles são reconhecidos por células B
específicas, ou podem ser transportados aos folículos.
Maravilhosa a ideia do glossário,seria interessante, aumentar o vocabulário do mesmo.
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